Um integrante das forças de segurança do Paraná abordou um adolescente em uma rua do Alto Boqueirão, em Curitiba, ao evitar a cantada, com direito a ver o órgão genital do policial civil, o homem sacou a arma e teria ameaçado o rapaz, obrigando-o a entrar no automóvel.
O jovem conseguiu arrancar a chave da ignição, fugiu em direção a mãe e o bafafá começou, moradores da região se aproximaram do veículo e algumas pessoas gritaram para linchar o indivíduo e retiraram a arma do policial até a chegada de uma viatura, que o encaminhou a uma delegacia da capital do Paraná.
O adolescente e a mãe foram ouvidos no Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
O policial foi liberado após o depoimento, está no quadro da Polícia Civil do Paraná desde outubro de 2000 e foi instaurado um processo interno, que poderá leva-lo a ser exonerado da função.
No depoimento na delegacia, o policial que não teve a identidade divulgada, negou as acusações e disse ter sido agredido por populares.
A inteligência da Polícia Civil reuniu vídeos de câmeras de segurança para anexar ao inquérito.
A assessoria da corporação divulgou uma nota sobre o assunto:
“A Polícia Civil do Paraná (PCPR) instaurou um inquérito policial a fim de esclarecer os fatos. Após tomar conhecimento do ocorrido, policiais foram até o local e encaminharam o servidor à Central de Flagrantes da PCPR. A vítima foi ouvida por meio de escuta especializada. O servidor também foi ouvido, negou as acusações, alegou que os populares o agrediram e subtraíram sua arma funcional.
A equipe de investigação está realizando diligências e busca imagens de câmeras de segurança a fim de esclarecer a dinâmica dos fatos. Oitivas também serão realizadas nos próximos dias e darão auxílio no andamento das investigações.
A PCPR trabalha de maneira clara e determinada para lidar com qualquer conduta inadequada de seus policiais, sempre buscando responsabilizar os envolvidos de acordo com a lei. O compromisso é garantir que todas as ações sejam apuradas com transparência e justiça, de acordo com a legislação vigente.”