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Política de inclusão digital do Paraná atendeu 15 mil idosos

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“Criei asas para o mundo”. É assim que a professora aposentada Maria Luiza Wille de Castilho, de 80 anos, define a nova fase da vida após participar dos cursos de Inclusão Digital e Social da Pessoa Idosa da Celepar. Frequentadora assídua das aulas promovidas pela empresa, ela já perdeu as contas de quantas acompanhou. “Sempre tem algo novo para aprender. É um universo que muda a todo instante, por isso é bom se atualizar”, relata.

Maria conta que, antes de acompanhar as aulas, usava o telefone celular só para fazer e receber ligações. “Tinha medo de mexer no telefone e estragar”, lembra. Hoje, olha para o dispositivo como um aliado. Ela coordena o grupo de mulheres da igreja que frequenta, é moderadora das reuniões online organizadas por ela e aderiu de vez a todas as facilidades da tecnologia. Nunca mais foi ao banco, por exemplo. Resolve tudo pelos aplicativos do celular. Informacões do portal agência estadual de notícias.

A história dela é uma entre as mais de 15 mil que foram inseridas no mundo virtual depois dos treinamentos promovidos pela Celepar. A iniciativa da companhia, que auxilia vovôs e vovós a personalizar o celular, colocar ou trocar o papel de parede, aumentar o volume, o tamanho das letras, editar e excluir contatos, ler e responder as mensagens, fotografar, filmar, localizar os arquivos gerados e excluir itens do celular, já recebeu um prêmio que reconhece ações institucionais e governamentais.

As aulas que acontecem na Capital e em cidades do Interior se tornaram referência no País e fazem parte da série Paraná, o Brasil que dá certo, que conta a história de pessoas que conseguiram aderir ao mundo digital de forma segura e sem medo. O Programa de Inclusão Digital e Social da Pessoa Idosa da Celepar nasceu em 2013, criado em conjunto com o Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa, a Pastoral da Pessoa Idosa e o Departamento de Políticas Públicas para Pessoas Idosas do Governo do Paraná.

“Nosso objetivo sempre foi atender o cidadão e as diretrizes do Estatuto do Idoso, que em determinado capítulo afirma que o Poder Público deve promover atualização tecnológica para a pessoa idosa”, afirma Dircélia Alessi, coordenadora de sustentabilidade social da Celepar. “Não estamos dizendo que as pessoas precisem dominar todos os aplicativos existentes, mas que estejam aptas a realizar atividades corriqueiras em uma sociedade em que o acesso à informação depende cada vez mais do digital”.

Regina brinca que, nos cursos, é preciso agir como criança: não ter medo de ir apertando os botões e encontrar as soluções. Errar, corrigir e aprender. Ela também elogia a paciência e disposição dos instrutores. “Eles têm uma paciência de Jó, um carinho especial e nos ajudam o tempo todo. E este carinho ajuda muito porque, com o tempo, você vai encontrando dificuldades”, complementa.

No final de 2022, a Celepar recebeu o 1º lugar no Prêmio Marco Maciel 2022: Ética e Transparência entre o Público e o Privado (PMM), na categoria “Relações Institucionais e Governamentais (RIG) em Organização Pública”, promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig).

De acordo com Dircélia, além de reconhecer o trabalho da instituição, o prêmio coroa o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dessa década de atualização tecnológica. “A premiação comprova que estamos no caminho certo, nos motivando a persistir com ações e práticas sempre voltadas para melhorar a vida do cidadão, inserindo-os na sociedade digital através das tecnologias utilizadas para acessar os diversos serviços disponibilizados pelas instituições privadas e governamentais e mostrando que a tecnologia é uma aliada e que vem para contribuir”, afirma.

A coordenadora da ação explica que o curso vai além de mostrar só a tecnologia aos alunos. “A gente procura usar bastante a didática para mostrar onde isso é aplicado no dia a dia da pessoa, faz associações com o cotidiano para que eles entendam a lógica do funcionamento dos dispositivos. Não temos a pretensão de explicar tudo, mas abrir o caminho para começarem a entender este universo”, argumenta.

“Conseguir fazer compras online, utilizar um serviço governamental em plataformas eletrônicas, enviar e receber e-mails, tudo isso exige minimamente estarmos dispostos a experimentar novas tecnologias que podem facilitar as necessidades cotidianas e aumentar a capacidade de adaptação para aprender novos processos. Assim a Celepar se compromete a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, arremata.

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