A Prefeitura de Curitiba manterá a austeridade fiscal e a sustentabilidade financeira nos próximos quatro anos. Durante a segunda reunião de secretariado do ano, realizada na sede da Prefeitura e conduzida pelo prefeito Eduardo Pimentel, o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi, apresentou um panorama financeiro do município e reforçou o compromisso com a gestão equilibrada dos recursos públicos.
Puppi, que assume o cargo de secretário de Finanças pela segunda vez, foi responsável pela implementação do Plano de Recuperação de Curitiba em 2017, iniciativa que reorganizou as contas municipais e garantiu maior solidez fiscal.
Na reunião, ele fez um resumo das ações do plano e seus resultados. “Muitos dos secretários são novos na Prefeitura, então mostramos esse histórico de como estavam as contas do município em 2017 e todo o trabalho de recuperação, que fez com que hoje Curitiba tenha uma boa situação financeira, um plano de investimento robusto e um orçamento recorde para 2025″, disse.
Com o Plano de Recuperação, Curitiba voltou a honrar seus compromissos em dia, alcançou um recorde de investimentos e foi pioneira na criação de uma lei de responsabilidade fiscal, além de instituir um fundo emergencial para situações imprevistas. “No início da gestão de 2017, as despesas cresciam 70% e as receitas 28%. Faltava R$ 1,025 bilhão para fechar as contas, a previdência estava desassistida”, lembrou Puppi.
O programa envolveu diversas medidas estratégicas, como revisão de custos, parcelamento de dívidas, controle rigoroso do crescimento de despesas com pessoal e a adoção de um novo regime de aporte previdenciário, além da incorporação de mecanismos de inteligência fiscal.
O secretário também analisou o desempenho econômico da cidade no período pós-pandemia, entre 2021 e 2024, ressaltando a estabilidade financeira conquistada nesse intervalo.
“Curitiba tem uma situação financeira favorável, mas é preciso manter o trabalho com responsabilidade fiscal. É preciso eleger prioridades e manter o cuidado com a governança e as contas públicas. É importante manter a âncora entre receitas e despesas. O município precisa de sustentabilidade financeira no longo prazo”, disse Puppi.
Curitiba tem um plano de governo robusto, com grandes projetos para os próximos quatro anos. “Trata-se de um plano de médio, com efeitos no longo prazo. É preciso manter o fôlego financeiro”, disse.
A busca por eficiência nos gastos, transparência nos processos e economicidade continua sendo prioridade da administração municipal. Para 2025, Curitiba contará com um orçamento recorde de R$ 14,5 bilhões e um plano de investimentos de R$ 1,07 bilhão, destinados a iniciativas que visam melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida da população.
Os investimentos contemplam áreas fundamentais, incluindo pavimentação, habitação, implantação de calçadas e ciclovias, revitalização de parques e bosques, reforma e ampliação de escolas, além da modernização do sistema de iluminação pública.
Entre os projetos estratégicos de grande porte para os próximos anos estão o Novo Inter 2, o Ligeirão Leste/Oeste, a criação do Parque Cachoeira, a reestruturação e ampliação das unidades básicas de saúde e a implementação do projeto de gestão de risco climático no Bairro Novo do Caximba.