O ano de 2024 terminou com um crescimento expressivo da população em situação de rua na capital paranaense. Dados do Cadastro Único (CadÚnico) mostram que, até dezembro, 4.237 famílias estavam cadastradas sem moradia fixa, um aumento de 13,5% em comparação a dezembro de 2023, quando o total era de 3.734.
Para entender melhor a distribuição dessas pessoas pela cidade, foi analisado os registros da Central 156, que reúne solicitações encaminhadas à Fundação de Ação Social (FAS). Essas demandas incluem casos de adultos desaparecidos, indivíduos alcoolizados ou sob efeito de drogas em espaços públicos, moradores dormindo nas ruas, pedintes, pessoas desorientadas e famílias sem abrigo.
Os dados revelam que, no início de 2025, quase toda Curitiba já havia registrado ocorrências desse tipo. Das 75 regiões da cidade, 71 (94,7%) tiveram pelo menos uma solicitação relacionada à população em situação de rua. Apenas quatro bairros — Riviera, Lamenha Pequena, Augusta e Bigorrilho — não apresentaram registros.
Quando se analisa os bairros com maior número de solicitações, percebe-se uma concentração significativa. Dez regiões da capital respondem por 57,4% do total, evidenciando que algumas áreas enfrentam o problema com mais intensidade.
Confira os bairros com maior número de registros:
- Centro – 430 solicitações
- Jardim Botânico – 258
- Cajuru – 209
- Centro Cívico – 197
- Rebouças – 184
- Água Verde – 147
- Cristo Rei – 124
- Bacacheri – 120
- Alto Boqueirão – 118
- Sítio Cercado – 93
Diante desse cenário, a crescente vulnerabilidade social na cidade reforça a necessidade de políticas públicas eficazes para oferecer suporte a essa população e buscar soluções que reduzam a falta de moradia em Curitiba.
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