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terça-feira, janeiro 21, 2025
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Quais são os perigos do contato com morcegos

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Neste ano, ainda não foram contabilizados casos de raiva em Curitiba, no ano passado o vírus atingiu 3,9 de positividade em 382 morcegos recolhidos em Curitiba pelo Centro de Zoonoses.

Na série histórica dos últimos oito anos, a média de casos positivos de raiva em morcegos foi de 3,03%. O maior índice foi alcançado em 2017, com 226 morcegos analisados e dez diagnósticos positivos de raiva (4,4%). Em 2023, foram coletados 351 morcegos e dez estavam contaminados (2,8%).

O número de morcegos positivos para a raiva está dentro do esperado, não representando surto, mas mostra que o vírus continua circulando, portanto, as precauções contra a doença precisam ser mantidas.

O monitoramento permanente de acidentes com animais silvestres e peçonhentos é realizado pela Unidade de Vigilância de Zoonoses da SMS. Entre as ações realizadas, está a prevenção e controle da raiva, doença grave e fatal. O vírus está presente na saliva de mamíferos infectados, podendo ser transmitida ao homem por animais domésticos e silvestres.

A prevenção da doença também passa pela vacinação anual dos animais de estimação. Mesmo animais idosos e que não têm acesso às ruas devem ser vacinados, uma vez que os morcegos podem adentrar em apartamentos. Cães e gatos têm hábitos de caça e comumente entram em contato com morcegos.

A Unidade de Vigilância de Zoonoses oferece de forma gratuita a vacinação antirrábica para cães e gatos. Basta levar o animal ao posto fixo localizado na rua Lodovico Kaminski, 1381, bairro CIC, de 2ª a 6ª feira, das 8 às 12h e das 13 às 17h.

Em Curitiba, o último registo de raiva em animais domésticos foi um caso em felinos em 2010, quando um gato teve contato com um morcego. Desde 1981 não há registro de raiva canina. E, desde 1975, não há casos em humanos.

Os morcegos são animais silvestres e protegidos por lei federal (9605/98). Se algum entrar em sua casa ou se encontrar um morcego caído, preste atenção às orientações:

Não toque, mesmo que o animal esteja morto.

Isole o animal com um balde ou caixa de papelão ou feche o cômodo onde o encontrou.

Não permita que crianças e animais de estimação cheguem perto dele.

Caso tenha contato direto com um morcego, lave as mãos com água e sabão e procure imediatamente uma unidade de saúde que irá prescrever o tratamento adequado.

Ligue para o 156 para solicitar a retirada do animal por um agente especializado. A ligação pode ser feita inclusive em finais de semana ou feriados. Um agente de vigilância de zoonoses será responsável pela coleta do animal e análise da contaminação.

Para evitar a entrada de morcegos pela janela, o ideal é instalar telas mosquiteiras, que têm a trama mais fechada, visto que as telas de proteção instaladas em sacadas e janelas não impedem a entrada do animal. Caso algum morcego fique preso nessas telas de proteção, utilize luvas para retirar, isole o animal e acione o 156.

Se sofrer uma agressão (mordida ou arranhões) por morcegos ou outros animais silvestres, como macacos, saguis, quatis, gambás, entre outros, ou ainda por cães e gatos de origem desconhecida, saiba o que fazer:

Lave o ferimento imediatamente com bastante água e sabão.

Procure imediatamente uma Unidade de Saúde e siga o tratamento recomendado.

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