O crescente aumento de resíduos plásticos no meio ambiente tem levado à ingestão de microplásticos por seres humanos, principalmente através da água potável e de alimentos.
Essas partículas, com menos de 5 milímetros de comprimento, estão associadas a danos em órgãos internos, especialmente nos rins, conforme revelado por um estudo recente publicado em uma revista americana.
A pesquisa destacou que os microplásticos atuam como transportadores do poluente Benzo[a]pireno (BaP), substância que, ao ser absorvida pelo sistema digestivo, pode causar inflamação sistêmica e comprometer a função renal.
A água engarrafada foi identificada como uma das principais fontes de contaminação por essas partículas, que, ao penetrarem no organismo, danificam a parede intestinal e desencadeiam processos inflamatórios.
Além disso, a presença desses materiais no ambiente tem impactado ecossistemas marinhos, afetando recifes de coral e a vida oceânica.
A dificuldade em removê-los do meio ambiente, devido ao seu tamanho reduzido, agrava o problema, já que eles se acumulam no solo, na água, no ar e até mesmo em alimentos.
A origem sintética desses materiais impede que sejam decompostos naturalmente, o que os torna um desafio global. Enquanto cientistas buscam soluções, como o desenvolvimento de filtros inovadores, ações individuais podem contribuir para minimizar o impacto.
A redução no consumo de plásticos descartáveis, a adoção de garrafas reutilizáveis e o apoio a marcas que priorizam embalagens sustentáveis são medidas eficazes.
A reciclagem adequada também é crucial para evitar que esses resíduos se fragmentem em partículas ainda menores, que podem ser ingeridas ou inaladas.
Embora os efeitos a longo prazo desses poluentes ainda não sejam totalmente compreendidos, a conscientização e a mudança de hábitos são passos essenciais para proteger a saúde humana e o planeta.