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terça-feira, novembro 5, 2024
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Rafael Greca poderia ter minimizado a nova onda de Covid-19

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O articulista político Aroldo Murá informa que nos bastidores da Secretaria Municipal de Saúde, muitos servidores apontam que a demora do prefeito Rafael Greca ajudou que a Ômicron explodisse em Curitiba. Desde novembro passado, o prefeito vinha sendo alertado pela equipe técnica da Saúde dos riscos do alto contágio da nova variante.

A secretária de Saúde, Marcia Huçulak, já tinha pedido para o prefeito aumentar o controle, instituir uma bandeira de alerta, mas Greca primeiro resistiu por causa das festas de Natal, depois por causa do réveillon e em seguida pela alta de turistas na cidade.

Somente na quinta-fera, 13, Greca acabou se rendendo a necessidade de adotar a bandeira amarela, restringindo as ocupações dos estabelecimentos comerciais e adotando medidas para conter o contágio. Pela primeira vez, desde que começou a pandemia em 2020, a cidade registrou 2.142 novos casos em um dia. E ao que tudo indica, o número tende a aumentar.

Na época que recebeu o primeiro alerta, Greca destratou a secretária da Saúde. Um dos argumentos do prefeito era que a cidade precisava sorrir de novo com as festas de fim de ano. A ordem era afrouxar os controles, deixar o comércio encher e vender e não permitir ações coercitivas sobre o comercio, com as famosas AIFUs.

Greca defendia que a cidade investirá mais de R$ 20 milhões em gastos, entre públicos e privados, para ter o mais belo Natal, que manteria os turistas nas cidadesa atéo dia 6 de janeiro e animaria o ano novo. O efeito disso é que há aumentos de 300% nas ocupações de hospitais, profissionais de saúde infectados e uma pessoa morta.

Ao que tudo indica, as medidas coercitivas deverão aumentar. Bares e restaurantes terão que reduzir ocupações, por enquanto, a bandeira permite 70% de ocupações. Haverá restrições, com necessidade de retomar as fiscalizações e medidas mais duras sobre todo o comércio da cidade.

Ao que tudo indica, Greca terá que pesar de novo a mão, menos com relação ao transporte coletivo, onde o vírus não transita e é permitido ônibus lotados e pessoas apertadas.

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