A segunda temporada de Silo está cheia de tensão, para aqueles que acompanharam a primeira temporada, a saída de Juliette ao mundo inexplorado, a iminente rebelião dos residentes do silo contra os poderes estabelecidos, os mistérios do mundo antes da devastação, estes primeiros episódios lançados está saciando lentamente a sede por respostas.
Rebecca Ferguson interpreta Juliette, uma mecânica que se torna xerife do silo na primeira temporada. Sua jornada começa investigando o assassinato de seu namorado e culmina em uma ousada exploração fora da porta trancada do silo. Diferente de outros que enfrentaram o exílio, Juliette sobrevive.
A segunda temporada acompanha Juliette enquanto ela explora um silo totalmente novo e abandonado, apresentando novas possibilidades visuais. Segundo Baz Irvine, diretor de fotografia da série, a segunda temporada adota um tom mais sombrio e imersivo. “Eu queria que fosse mais dinâmico e visceral”, explica Irvine. “O novo silo é um mundo distinto, então os visuais precisavam refletir esse contraste. A primeira temporada apresentou o mundo do silo; a segunda aprofunda.”
Esse novo ambiente utiliza uma paleta de verdes apagados, luzes de lanterna e técnicas de câmera dinâmicas, como filmagens manuais e lentes largas. Esses elementos ampliam tanto a escala da série quanto sua profundidade emocional, capturando a solidão e a incerteza de Juliette. A cinematografia também destaca os contrastes marcantes entre as diferentes camadas sociais dentro dos silos. Nos níveis inferiores, o ambiente é sombrio, com paredes texturizadas, dutos cheios de fumaça e uma sensação de decadência.
Um momento marcante ocorre no primeiro episódio, quando Juliette cai de uma ponte, aparentemente condenada. Irvine enquadrou a cena deliberadamente para ocultar a presença de água abaixo, criando uma revelação surpreendente quando ela sobrevive à queda. “Não queríamos entregar que havia água ali”, diz ele. “A iluminação desempenhou um papel fundamental em manter o momento envolto em escuridão até o último segundo.”
Enquanto Juliette explora o silo abandonado, sua lanterna funciona como um farol, revelando murais vibrantes e afrescos — elementos inesperados ausentes no primeiro silo. “Você começa a se perguntar sobre as pessoas que viviam ali”, observa Irvine. “É como uma escavação arqueológica, descobrindo a história desse novo mundo misterioso.”
Visualmente, o silo abandonado evoca a desolação assustadora de um túmulo, inspirado em imagens pós-desastres, como Chernobyl. Concreto rachado e uma atmosfera sem vida conferem ao espaço uma qualidade distópica e inquietante.
Trabalhar com o design vertical do silo apresentou desafios únicos para Irvine. O cenário, embora impressionante, não conseguia capturar totalmente a escala de um silo de quase um quilômetro de altura. “Você precisa imaginar o que está acima e abaixo de você”, diz ele, contando com efeitos visuais e trabalho criativo de câmera para conectar o design do cenário à imensidão vertical do silo.
Esse equilíbrio intrincado entre elementos práticos e digitais, combinado com um foco narrativo mais profundo, torna a segunda temporada visualmente impactante e emocionalmente envolvente, marcando uma evolução para a série.
Confira o trailer para segunda temporada: