O cérebro humano tem uma quarta membrana que acaba de ser descoberta.
A fim de apoiar a defesa imunológica, a fina barreira cerebral regula o fluxo de líquido cefalorraquidiano para dentro e ao redor do cérebro.
Os pulmões e o coração dos humanos utilizam o mesmo tipo de membrana.
Acabamos de aprender algo sobre o cérebro humano que mostra o quanto ainda precisamos saber: um novo estudo das universidades de Rochester e Copenhagen descobriu que o cérebro tem uma quarta membrana.
De acordo com o estudo, publicado recentemente na revista científica Science, existe uma quarta membrana anteriormente desconhecida no cérebro que ajuda a regular o fluxo de líquido cefalorraquidiano (LCR) e a remover resíduos do cérebro para apoiar as defesas imunológicas.
Graças aos recentes avanços em neuroimagem e biologia molecular, os pesquisadores só conseguiram observar a delicada quarta membrana, que tem apenas algumas células de espessura e é suficientemente apertada para distinguir o LCR limpo do LCR sujo. A quarta membrana pode tornar possível liberar o sistema nervoso central de proteínas nocivas ligadas ao mal de Alzheimer e outros distúrbios neurológicos.
Sabe-se que a quarta membrana, um tipo de mesotélio também encontrado nos pulmões e corações humanos, contém células imunológicas e envolve e protege os órgãos. Os autores do estudo escrevem que a membrana “parece hospedar sua própria população de células imunes do sistema nervoso central que usam a membrana subaracnoidea linfática para vigilância na superfície do cérebro, permitindo que eles escaneiem o líquido cefalorraquidiano em busca de sinais de infecção”. Além de liberar o LCR tóxico, a membrana também impede a entrada de células imunes.
Os pesquisadores também podem compreender como o sono pode limpar o cérebro de toxinas e contribuir para o tratamento de doenças do sistema nervoso central (SNC), porque já se sabia que o LCR sujo pode resultar em fadiga em humanos.
A descoberta da nova quarta membrana, segundo os cientistas, pode resultar em melhor administração de medicamentos, novas terapias biológicas e uma compreensão mais profunda das doenças. Nada mal para uma barreira cerebral tão fina.