Odair José Carvalho da Silva, conhecido como Nenê da Ambulância (União Brasil), foi preso na segunda-feira (18) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, com a suspeita de ser o mandante do assassinato do vereador eleito de Salto do Itararé (PR), João Domiciano Neto, também conhecido como João Garré (União Brasil).
Nenê, que atualmente exerce o cargo de vereador, não foi reeleito para a próxima legislatura, mas é o primeiro suplente de Garré.Nas eleições municipais, em outubro, Nenê da ambulância recebeu 129 votos. Garré, que se elegeu, recebeu 133 e assumiria, em janeiro de 2025, uma cadeira em Salto de Itararé. Seria o segundo mandato dele como vereador.
As investigações apontaram que o crime teve motivação política. O assassinato foi planejado por Nenê e seu filho, também preso, que é acusado de contratar dois homens para executar o ato. O assassinato ocorreu na casa dos pais de João Garré, em Santana do Itararé, onde o vereador foi atingido por disparos na região do tórax.
No momento do crime, um dos assassinos entrou na residência da vítima, enquanto o outro ficou na entrada. A esposa de João Garré foi quem encontrou o corpo do político minutos após os disparos. Os pais de Garré, que possuem deficiência auditiva, não ouviram os tiros. Os dois suspeitos contratados pelo filho de Nenê para executar o crime morreram em um confronto armado com policiais militares em Curitiba, no dia 9 de novembro.
Nenê e seu filho foram capturados em um hotel, a cerca de 285 km de Salto do Itararé, cidade onde Odair José ficou para a suplência de vereador.
Agora, pai e filho terão que responder por crimes de organização criminosa, homicídio com a participação de quatro pessoas, e homicídio qualificado, devido ao pagamento pelo crime, ao uso de um recurso que impediu a defesa da vítima e à motivação fútil para a execução. As investigações continuam, e os responsáveis pelo assassinato de João Garré devem responder por suas ações perante a justiça.
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