Começou o inverno do Brasil com a Covid-19 batendo na porta através de diversas mutações, mas com o número de mortes mínimo em comparação com a cepa original que fez o mundo praticamente parar e o mundo entrar em um período de paranoia e de dúvidas sobre o futuro.
As encarnações anteriores e atual do coronavírus continua matando brasileiros, mas o perigo letal diminuiu e diferentemente dos últimos invernos, parece que tudo se acomodou.
Com mais brasileiros protegidos de doenças graves após a vacinação e imunidade adquirida pela infecção, a Covid-19 se transformou – pelo menos por enquanto – em uma herança desagradável e inoportuno.
A chegada de julho continua esvaziando os leitos, no sábado o Paraná tinha 160 internações em UTIs e 436 em enfermarias.
Em julho do ano passado, o Estado registrou 1.999 óbitos, pelo que tudo indica, o Paraná não terá um mês tão turbulento como o de 2021, já que o número de mortes diárias despencou.
Isso prova que o risco de morte é menor do que no ano passado, isso acontece porque o sistema imunológico foi reforçado, em parte por ter visto o vírus ou a vacina e o corpo aprendeu a não reagir exageradamente quando se encontra com a doença.
A conclusão, baseado nos números divulgados nas últimas semanas, é de que as pessoas estão ficando cada vez menos doentes.
Segundo especialistas da área, de cada 10 pessoas, oito foram infectadas ao menos uma vez pelo coronavírus.
A imunidade reduziu a taxa de mortalidade para o período anterior a pandemia, quando a gripe imperava.
Até 2020 as mortes por gripe oscilavam entre 5% a 13% das pessoas hospitalizadas.
Hoje, a grande questão entre especialistas da área médica é se pode surgir uma nova variante ou subvariante capaz de driblar a imunidade acumulada da população.
As novas linhagens surgidas da Ômicron, como a BA.4 e a BA.5, de rápida propagação, pode ser um ponto de passagem para outras tipagens e que podem atingir o Brsil no final deste inverno ou início da primavera, podendo acabar em uma variante mortal.
O sensato neste momento é ficar de olho no número de hospitalizações, de pessoas internadas em UTIs e no número de casos ativos, se crescer, é hora de recuar e rever os protocolos de segurança, considerando sua vulnerabilidade e do círculo social, especialmente quando se mistura em grande eventos, já que o vírus se propaga rapidamente.