O CEO da Box, Aaron Levie, não economizou palavras ao comentar sobre o anúncio do presidente Trump do ambicioso projeto Stargate, uma iniciativa de US$ 500 bilhões que une OpenAI, Oracle e SoftBank Group para impulsionar a infraestrutura de IA nos Estados Unidos. Em uma postagem, Levie classificou o programa como “um dos mais ousados do século XXI” e destacou o impacto imediato de sua implementação: “Coordenar tudo isso já no primeiro dia é um forte sinal de liderança americana em IA.”
O projeto Stargate, que parece referenciar ao filme de 1994 dirigido por Roland Emmerich, tem como objetivo construir enormes complexos de data centers pelo país para suprir as crescentes demandas computacionais da inteligência artificial. O primeiro desses centros já está em construção em Abilene, no Texas. A iniciativa conta com investimentos iniciais da SoftBank, OpenAI, Oracle e MGX, enquanto os principais parceiros tecnológicos incluem Arm, Microsoft, NVIDIA, Oracle e OpenAI.
“Vamos começar a investir US$ 100 bilhões imediatamente”, declarou o anúncio oficial da OpenAI sobre o Stargate. “Essa infraestrutura garantirá a liderança americana em IA, criará centenas de milhares de empregos e gerará enormes benefícios econômicos para o mundo inteiro. O projeto não apenas visará a reindustrialização dos Estados Unidos, mas também fornecerá uma capacidade estratégica para proteger a segurança nacional do país e de aliados.”
O anúncio, realizado na Sala Roosevelt da Casa Branca, contou com a presença de Larry Ellison, da Oracle, Masayoshi Son, da SoftBank, e Sam Altman, CEO da OpenAI. Altman classificou o Stargate como “o projeto mais importante desta era” e destacou o papel da nova administração: “Se fosse outro presidente, isso talvez não aconteceria. Mas estamos entusiasmados por fazer parte disso.”
Quanto à infraestrutura em si, Ellison revelou que 10 edifícios já estão sendo construídos, com planos de expandir para 20, cada um com meio milhão de metros quadrados. A necessidade desses centros reflete a crescente demanda por tecnologia de IA, cujo consumo de energia está aumentando devido ao alto poder computacional exigido por modelos avançados de “machine learning” (algoritmo de aprendizagem). Esse crescimento viabiliza a expansão de data centers, essenciais para manter a operação contínua da IA.
Ellison citou a aplicação da IA na medicina como um exemplo do impacto desses data centers, mencionando o potencial no desenvolvimento de vacinas contra o câncer.
“Pequenos fragmentos desses tumores circulam pelo sangue”, explicou. “Com IA, é possível detectar o câncer precocemente através de um simples exame de sangue. Ao sequenciar geneticamente o tumor, podemos desenvolver uma vacina personalizada para cada paciente. Utilizando IA e produção robótica, uma vacina de mRNA pode ser criada em apenas 48 horas.”
