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terça-feira, março 4, 2025
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Um asteroide pode atingir a Terra em 7 anos

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Cientistas descobriram um novo asteroide com uma chance em 83 de atingir diretamente a Terra. Nomeado Asteroide 2024 YR4, ele está atualmente a mais de 43 milhões de quilômetros do nosso planeta e deve se aproximar perigosamente em dezembro de 2032. Mas será que há motivos para preocupação?

O asteroide rapidamente chamou a atenção de astrônomos ao redor do mundo, e por boas razões. Com uma das maiores probabilidades de impacto já registradas para um objeto desse porte, sua trajetória está sendo monitorada de perto. Embora a chance de uma colisão direta ainda seja baixa, sua aproximação em 2032 exige vigilância constante.

Se um impacto ocorresse, as consequências poderiam ser severas. Com um diâmetro estimado de 60 metros, o Asteroide 2024 YR4 tem tamanho comparável ao objeto responsável pelo Evento de Tunguska, em 1908, que destruiu milhões de árvores em uma área de 2.150 quilômetros quadrados. A energia liberada na ocasião foi equivalente a 50 milhões de toneladas de TNT.

Apesar desses números preocupantes, especialistas reforçam que não há motivo para pânico. A órbita do asteroide ainda não está totalmente definida, e modelos atuais indicam que o cenário mais provável é uma passagem próxima, e não um impacto.

O engenheiro David Rankin tem acompanhado de perto o asteroide e afirma que novas observações serão fundamentais para refinar os cálculos de sua trajetória. Em 2028, ele passará a cerca de 8 milhões de quilômetros da Terra, oferecendo uma oportunidade crucial para coletar dados mais precisos.

Asteroides e meteoros atingem a Terra com frequência, mas, na maioria dos casos, são pequenos o suficiente para se desintegrar na atmosfera. No entanto, se o Asteroide 2024 YR4 entrar na nossa atmosfera, os danos dependerão de sua composição. Caso seja rochoso, ele explodirá no ar em um fenômeno conhecido como airburst (explosão aérea em tradução livre), gerando uma onda de choque capaz de causar destruição em um raio de centenas de quilômetros. Se for composto de ferro, poderá resistir à entrada e colidir com a superfície, criando uma cratera e espalhando destroços pelo ar.

A trajetória atual sugere que um possível impacto poderia ocorrer em uma faixa que se estende da América do Sul até a África subsaariana, mas essa projeção ainda pode mudar conforme novos dados forem analisados.

Astrônomos estão utilizando telescópios avançados para rastrear o movimento do asteroide e refinar os cálculos. Tanto a NASA quanto a ESA já o incluíram no topo das listas de risco, garantindo que ele permaneça uma prioridade de observação.

Embora agências espaciais tenham testado estratégias de desvio de asteroides — como a missão DART da NASA, que em 2022 alterou com sucesso a órbita de um pequeno asteroide —, ainda não há planos concretos para intervir no caso do Asteroide 2024 YR4. Isso pode mudar caso novos dados confirmem o risco de impacto.

Por enquanto, as observações indicam que ele provavelmente passará raspando pela Terra, mas astrônomos não estão dispostos a arriscar. Nos próximos anos, o monitoramento contínuo e cálculos aprimorados determinarão se essa rocha espacial será apenas mais um susto ou uma ameaça mortal.

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