O Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geologia e Medidas (IBGE) indica que o Paraná superou o Rio Grande do Sul em número de pessoas que nela residem. Em 12 anos, o estado conquistou quase um milhão de novos ocupantes, passando de 10.444.526 na Avaliação de 2010 para 11.443.208 indivíduos.
A população paranaense aumentou em 9,56% foi superior ao aumento nacional de 6,5%, ou 12,3 milhões de novos brasileiros. Com isso, o Estado supera oficialmente o Rio Grande do Sul (cuja população passou de 10.693.923 para 10.880.506 habitantes) e Santa Catarina (cuja população foi de 6.248.436 para 7.609.601 habitantes), tornando-se o quinto estado mais populoso do país.
Os dados do órgão federal corroboram as projeções feitas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) com base em projeções do próprio IBGE, que apontavam essa tendência de inversão já em 2017.
“O Paraná como o estado mais populoso da região Sul já foi apontado por estimativas realizadas anteriormente. De 2010 a 2022, 21% dos municípios paranaenses apresentaram taxa média de crescimento anual superior a 1%, acima do percentual de 10% observado no Rio Grande do Sul, que registrou a maior população da Região no Censo de 2010”, conta Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes.
Curitiba é o município mais populoso do Paraná, com 1.773.733 habitantes, um aumento de 1,2% em relação ao Censo de 2010. A capital paranaense é a oitava maior do Brasil em população, num posicionamento liderado pelo distrito de São Paulo (11.451.245).
Segundo município mais populoso do Paraná, Londrina, no norte do estado, cresceu 9,7% em doze anos, chegando a 555.937 ocupantes. Em seguida, as maiores cidades do estado são Maringá, com 409.657 habitantes, Ponta Grossa, com 358.367 habitantes, Cascavel, com 348.051 habitantes, e São José dos Pinhais, com 329.222 habitantes.
A Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, é outro exemplo de crescimento populacional no Paraná. Sua população passou de 81,7 mil para 148,9 mil nos últimos 12 anos, sendo o segundo maior aumento proporcional entre os municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
O IBGE apontou ainda que o número de domicílios no Paraná aumentou 34% em relação ao Censo 2010, passando de 3,8 milhões para 5,3 milhões. A variação é quase idêntica à do Brasil, onde o número de domicílios passou de 67,5 milhões para 90,7 milhões.
O aumento no total de domicílios do País está relacionado ao crescimento expressivo de duas categorias: os vagos e os de uso ocasional. Os domicílios particulares vagos aumentaram 87%, chegando a 11,4 milhões, enquanto os de uso ocasional cresceram 70% em 12 anos, totalizando 6,7 milhões.
“Os domicílios vagos são aqueles em que não há ninguém morando. Já os de uso ocasional são aqueles que estão ocupados parte do tempo, como os de veraneio. De 2010 para cá, o aumento de domicílios ocupados foi maior, em números absolutos, mas em termos de proporção, os não ocupados tiveram um ganho maior no período”, explica o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
O município de Floresta, no Noroeste do Paraná, foi o sexto do Brasil com maior crescimento percentual no número de domicílios (130,5%), passando de 2.122 para 4.892. Pontal do Paraná e Matinhos, com 61,3% e 61,1% respectivamente, ocupam a nona e a décima posição no ranking nacional de domicílios que fazem uso ocasional.
O Cadastro de Segmentos é a maior e mais completa atividade realizada no país. Para retratar com precisão a sociedade, a pesquisa pretende bater na porta de cada domicílio em 5.568 municípios brasileiros, dois distritos (Fernando de Noronha e Distrito Federal). Foram mais de 79 milhões de atendimentos, sendo 98,88% dos atendimentos presenciais e o restante pela web ou telefone.
Nos resultados primários, o Censo acolhe informações sobre população, famílias, área dos municípios e densidade demográfica para o País, Grandes Regiões, Estados, Distrito Federal, Municípios e concentrações urbanas.
