O aumento dos casos de dengue em todo o país, levando diversos estados e municípios a declarar situação de emergência em saúde devido à doença, requer atenção aos sinais e sintomas, bem como às medidas apropriadas a serem tomadas e aquelas desaconselhadas em caso de suspeita de dengue.
Evitar a automedicação é uma das medidas mais simples e fundamentais. Sintomas como dor de cabeça, febre e dor no corpo podem indicar diversas condições de saúde. No caso da dengue, medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS) ou outros anti-inflamatórios, como ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, entre outros, são contraindicados. O uso desses medicamentos pode agravar o quadro e até mesmo resultar em internação ou óbito por dengue.
Ao surgirem os primeiros sintomas, é importante buscar atendimento médico para realizar um diagnóstico diferencial.
A hidratação adequada é fundamental no tratamento da dengue, porém é necessário estar atento a sinais de agravamento do quadro. Caso, no quinto dia dos sintomas, ocorram sinais de alarme, como náuseas, vômitos, febre persistente e dor de cabeça intensa, é fundamental procurar assistência médica.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) orienta especial atenção aos sinais que indicam agravamento da dengue. Em caso de apresentação dos seguintes sintomas, o paciente deve buscar atendimento médico:
- Dor abdominal forte e contínua
- Vômitos frequentes ou com presença de sangue
- Queda abrupta da febre
- Pressão arterial baixa
- Tontura ao mudar de posição
- Pulso fraco e/ou extremidades frias
- Suor frio
- Sensação de desmaio
- Agitação e/ou irritabilidade
- Sonolência e/ou confusão mental
- Dificuldade para respirar
- Sangramento no nariz, gengivas, fezes, urina ou aumento do fluxo menstrual
- Diminuição do volume de urina
- Manchas vermelhas ou roxas na pele
Em Curitiba, até o dia 22 de março de 2024, foram registrados 1.552 casos de dengue, sendo 1.030 importados (contraídos fora do município) e 522 autóctones (transmissão local).
Em caso de suspeita de dengue, é importante seguir as seguintes orientações:
- Não tomar ácido acetilsalicílico (AAS) ou outros anti-inflamatórios
- Manter o aleitamento materno
- Oferecer alimentação conforme aceitação
- Utilizar repelente e mosquiteiro nos primeiros 7 dias da doença para evitar a transmissão do vírus
- Repousar e evitar atividade física durante o período agudo da doença
- Manter o ambiente domiciliar livre de recipientes que possam acumular água e se tornar criadouros de mosquitos.