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quinta-feira, janeiro 9, 2025
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NASA pode ter coletado prova de vida em Marte

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A NASA anunciou uma reformulação no plano para coletar amostras de Marte e trazê-las de volta à Terra.

Autoridades da agência decidiram eliminar partes da proposta original com o objetivo de reduzir a complexidade técnica, os custos e encurtar o prazo para o retorno das amostras.

Por meio do Programa de Retorno de Amostras de Marte, a NASA vem, há mais de duas décadas, avançando em direção à meta de recuperar amostras do solo marciano coletadas pelo rover Perseverance desde 2021. Para isso, a agência estava desenvolvendo diversas espaçonaves para transportar as amostras da superfície de Marte e trazê-las de volta à Terra.

Segundo o anúncio, a NASA está revisando o projeto da espaçonave que aterrissará em Marte para buscar as amostras e explorando duas novas opções.

Uma das alternativas é realizar uma aterrissagem semelhante à das missões Curiosity e Perseverance, nas quais foguetes desaceleraram a descida da espaçonave enquanto um sofisticado sistema de guindaste aéreo depositava o veículo na superfície.

A outra opção envolve parcerias com empresas privadas para enviar um novo módulo de pouso a Marte.

Ambas as possibilidades serão avaliadas simultaneamente, com uma decisão final prevista para 2026.

Especialistas da indústria espacial já especulavam há meses sobre o futuro do Programa de Retorno de Amostras de Marte, que enfrentou atrasos e aumento de custos.

“O orçamento começou a subir a tal ponto que, no início deste ano, estimava-se que o custo poderia chegar a US$ 11 bilhões (R$ 55 bilhões), e as amostras só retornariam por volta de 2040”, disse Bill Nelson, administrador da NASA, em uma coletiva. “Isso era simplesmente inaceitável.”

O plano original previa o desenvolvimento de um módulo de pouso equipado com dois helicópteros para recolher tubos de amostras selados contendo rochas, solo e atmosfera coletados pelo Perseverance. O módulo também carregaria um foguete para lançar as amostras da superfície marciana.

Desde seu pouso em 2021, o Perseverance explora uma bacia de 45 km ao norte do equador marciano, que os cientistas acreditam ter abrigado um antigo delta fluvial.

Na proposta inicial, os helicópteros recolheriam as amostras do rover, que seriam então carregadas no foguete do módulo de pouso. O foguete lançaria as amostras em órbita, onde seriam capturadas por uma cápsula projetada pela Agência Espacial Europeia para começar a jornada de retorno à Terra.

Os detalhes sobre o novo design do módulo de pouso e como ele coletará as amostras ainda não foram definidos, mas ambas as opções envolvem um sistema de foguetes menor para a decolagem em Marte.

As duas alternativas continuam a usar o veículo europeu para o retorno à Terra.

Nelson afirmou que as mudanças no plano podem permitir o retorno das amostras já em 2035, embora, dependendo do financiamento, o prazo possa ser estendido até 2039.

Ele mencionou que o custo da opção do guindaste aéreo está estimado entre US$ 6,6 bilhões (R$ 33 bilhões) e US$ 7,7 bilhões (R$ 38,5 bilhões), enquanto a alternativa comercial ficaria entre US$ 5,8 bilhões (R$ 29 bilhões) e US$ 7,1 bilhões (R$ 35,5 bilhões).

Autoridades da NASA ressaltaram a importância científica das amostras.

“O Retorno de Amostras de Marte permitirá aos cientistas compreender a história geológica do planeta, a evolução climática deste local árido onde a vida pode ter existido e também lançar luz sobre o sistema solar primitivo, antes do surgimento da vida na Terra”, declarou Nicky Fox, chefe da Diretoria de Missões Científicas da NASA. “Isso também nos preparará para enviar os primeiros exploradores humanos a Marte com segurança. ”

Entretanto, a NASA tem enfrentado críticas pelos custos e prazos de programas importantes, como o retorno à Lua pelo programa Artemis e o Retorno de Amostras de Marte.

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