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sábado, fevereiro 22, 2025
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Teoria contesta que o núcleo da Terra seja completamente sólido

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Cientistas descobriram, quase por acidente, que o núcleo interno da Terra pode ser muito mais maleável do que se pensava anteriormente. Durante décadas, acreditava-se que o núcleo interno era uma bola sólida de metal, localizada a cerca de 4.828 quilômetros abaixo da superfície, semelhante a um “planeta dentro de um planeta”. No entanto, os novos dados sísmicos analisados pela equipe sugerem que essa visão pode estar incompleta.

O professor e principal investigador do estudo John Vidale, explicou que a equipe não tinha a intenção inicial de redefinir a natureza física do núcleo interno. Originalmente, os pesquisadores estavam estudando como a velocidade de rotação do núcleo interno da Terra está diminuindo, com base em pesquisas anteriores que indicavam uma desaceleração. Para isso, eles analisaram dados de ondas sísmicas geradas por terremotos.

A equipe examinou dados de 121 terremotos repetidos ocorridos entre 1991 e 2023, em 42 locais diferentes próximos às Ilhas Sandwich do Sul, uma região desabitada ao norte da Antártida. Durante a análise das formas de onda sísmicas, os cientistas se depararam com informações surpreendentes que contradizem o entendimento atual sobre o núcleo interno da Terra. Um conjunto específico de dados apresentou propriedades incomuns, que não eram esperadas.

“Enquanto analisava décadas de sismogramas, um conjunto de ondas sísmicas chamou minha atenção de forma curiosa”, disse Vidale. “Mais tarde, percebi que estava diante de evidências de que o núcleo interno não é sólido.” Após aprimorar a técnica de resolução, a equipe descobriu que as formas de onda sísmicas representavam “atividade física adicional do núcleo interno”. Isso levou os pesquisadores a acreditar que o núcleo interno pode estar se movendo de maneira mais dinâmica, em vez de permanecer completamente sólido.

“O que acabamos descobrindo são evidências de que a superfície próxima do núcleo interno da Terra passa por mudanças estruturais”, explicou Vidale. Segundo os pesquisadores, essas mudanças podem estar relacionadas à desaceleração do núcleo interno e podem contribuir para uma melhor compreensão dos campos térmicos e magnéticos da Terra. Além disso, as alterações estruturais podem ter “alterado minimamente a duração de um dia”.

A descoberta desafia a visão tradicional do núcleo interno como uma estrutura completamente rígida e abre novas possibilidades para o estudo da dinâmica interna do nosso planeta. A pesquisa foi publicada recentemente e promete inspirar novos estudos sobre as complexidades do núcleo terrestre e suas implicações para a geofísica global.

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