A Nova Zelândia tem enfrentado uma crescente diáspora de jovens devido à migração. Nos 12 meses até novembro de 2024, cerca de 127 mil pessoas deixaram o país. A vinda anual de pouco mais de 30 mil imigrantes é o menor desde o final de 2022.
Ao serem questionados sobre os motivos, muitos entrevistados apontaram a escassez de oportunidades no mercado de trabalho e a falta de pessoas da mesma faixa etária como razões para buscar novos destinos. Tristan Dryburgh, de 28 anos, observou um grande êxodo nos anos pós-covid, especialmente em 2021 e 2022. A maioria dos migrantes optou por se estabelecer na Austrália, enquanto chineses, indianos e filipinos estão entre os maiores grupos de imigrantes na Nova Zelândia.
O economista Mark Smith destacou que, embora a desaceleração no crescimento da imigração tenha sido gradual nos últimos meses, há o risco de uma queda ainda maior. Isso poderia enfraquecer o mercado imobiliário neozelandês, reduzir a demanda interna e limitar a capacidade do mercado de trabalho.
O governo já sinalizou planos para mudanças nas regras de imigração e iniciativas para fortalecer o turismo no país, como parte de um esforço mais amplo para estimular o crescimento econômico.
“A redução do suporte econômico vindo da imigração líquida e dos fluxos turísticos pesará sobre o crescimento e resultará em uma capacidade ociosa maior”, afirmou Smith, acrescentando que isso poderia levar o Banco Central da Nova Zelândia a adotar novos cortes nas taxas de juros para apoiar a economia.
Uma parcela destes jovens pode não permanecer fora do país por muito tempo. Muitos neozelandeses têm vistos de trabalhos de até dois anos. Os dois possíveis cenários são de um grande fluxo deles retornando, ou vão buscar residência na Austrália.
