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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Astronautas encontram maneira de não atrofiar os músculos no espaço

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Qualquer ser humano que passe tempo suficiente em um ambiente de baixa gravidade — como um futuro habitat na lua — experimentará mudanças corporais à medida que seus músculos atrofiam, seus ossos perdem massa e seu controle sobre todo o corpo diminui. Por isso, os astronautas que passam tempo além da atmosfera da Terra precisam se exercitar em suas missões. Sem boa forma física, eles terão dificuldade para funcionar mesmo em um nível básico quando retornarem à gravidade da Terra.

Agora, pesquisadores da Universidade de Milão desenvolveram uma nova forma de exercício para manter os corpos dos futuros habitantes lunares em forma. Envolve correr ao longo do interior de um Poço da Morte.

Um Poço da Morte, como visto em circos e parques temáticos na Terra, geralmente consiste em um grande anel colocado de lado. Um participante desafortunado deve correr ao longo do interior do Poço da Morte rápido o suficiente para evitar se tornar uma vítima da gravidade e, assim, cair do Poço.

Na gravidade da Terra, é impossível para seres humanos realizarem esse feito sem equipamento próprio. Qualquer um que se atreva ao Poço precisa de algum tipo de transporte motorizado, geralmente uma motocicleta. Mas na lua, com um sexto da gravidade da Terra, deveria ser possível para um humano correr ao longo do interior de um Poço. Na verdade, fazer isso poderia ser uma forma de simular correr em uma superfície plana em gravidades muito mais altas.

Os pesquisadores de Milão queriam testar se isso era possível. Eles alugaram um Poço da Morte com 9,4 metros de diâmetro e fizeram dois participantes humanos correrem ao longo do seu interior — apoiando-os com cordas elásticas de cima para simular as condições de gravidade lunar.

Ambos os participantes conseguiram subir no Poço, correr ao longo do seu interior e descer em segurança de volta ao chão após apenas cinco a oito tentativas. Quando os pesquisadores mediram as velocidades dos corredores, comprimentos de passada e a força dos pés batendo no chão, eles determinaram que os corredores estavam experimentando condições semelhantes à corrida na Terra.

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