O prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel (PSD) vem discutindo com secretários municipais, representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) e do consórcio que coordena os estudos de formatação do novo contrato de concessão do transporte coletivo, que deve acontecer no segundo semestre, como diminuir a tarifa de ônibus e melhorar o serviço para os passageiros.
A nova concessão prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte (RIT) e a descarbonização gradual da frota, com forte aposta em ônibus elétricos.
Além do modelo a ser adotado – se concessão convencional ou Parceria Público-Privada (PPP) – estão sendo avaliados o tempo de transição para a implantação do novo contrato (período entre o lançamento do edital, do leilão e o início do novo modelo) e a estruturação econômico-financeira.
Ônibus elétricos
Além disso, os estudos contemplam, no âmbito do novo contrato, a descarbonização da frota, com a aquisição de ônibus elétricos e a implantação de uma rede de recarga.
Em 2020, Curitiba concluiu seu Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas (PlanClima), através do qual foi firmado o compromisso de o município se tornar neutro em emissões e resiliente aos riscos climáticos até 2050. Um dos cenários estudados para alcançar a neutralidade de carbono prevê que 85% dos deslocamentos sejam feitos por transporte coletivo e compartilhado, a pé ou de bicicleta até 2050.
“Precisamos conhecer nossos desafios de curto, médio e longo prazo e tornarmos o processo transparente para a população. O nosso objetivo é termos reuniões semanais sobre o tema porque temos um conjunto de decisões a tomar nos próximos meses que vão impactar o transporte coletivo pelos próximos 15, 20 anos”, destacou Eduardo Pimentel.
O novo modelo de concessão vai substituir o atual, que foi assinado em setembro de 2010 e que tem validade de 15 anos.
Além de Eduardo Pimentel estavam presentes, o vice-prefeito e secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Paulo Martins, e de secretários do município, entre eles, Marcelo Fachinello (Governo), Vitor Puppi (Planejamento, Finanças e Orçamento), Marilza Dias (Meio Ambiente), Elisandro Pires Frigo (Administração) e Marc Sousa (Comunicação). Também estiveram presentes, pelo município, o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, a presidente do Ippuc, Ana Zornig Jayme, a procuradora-geral do município, Vanessa Volpi, o controlador-geral do município, Bruno Pandini, e o chefe de gabinete do prefeito, Ricardo Andreazza.
Também participaram da reunião, pelo BNDES: Arian Bechara, chefe do Departamento de Estruturação de Soluções de Mobilidade Urbana; Isabella Muller, gerente de projeto; Servio Nascimento, Candy Simas e Joana Sauer, da equipe de projeto; Rafael Chambarelli, gerente jurídico; Arlindo Fernandes, diretor da Oficina Engenheiros Consultores Associados, líder do consórcio; Jane Aoki, coordenadora de Projetos TYli; Flávio Chevis, diretor ADDAX Assessoria Econômica e Financeira; e Augusto Tedesch, da Rhein Schirato Meireles Sociedade de Advogados.