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Governador busca parcerias com o Quebec nas áreas de tecnologia e sustentabilidade

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A missão internacional liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior iniciou a agenda dele no Canadá com reuniões com representantes do governo da província de Quebec para buscar novas parcerias nas áreas de tecnologia, sustentabilidade e energia renovável. Ratinho Junior se reuniu com Christopher Skeete, ministro-delegado da Economia, e com Jean Lemire, emissário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Internacionais e da Francofonia de Quebec.

“Queremos abrir portas com o governo de Quebec para apresentar os produtos paranaenses, estreitando a parceria comercial entre os dois estados, além de levar ao Paraná as tecnologias que são desenvolvidas no Canadá, que é referência na área”, disse o governador.

“Para isso, queremos fortalecer nossa relação com a província e o País para compartilhar experiências em relação à tecnologia e à questão ambiental. O Paraná foi considerado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referência mundial em sustentabilidade, estamos fortalecendo as políticas públicas ambientais e temos muitas possibilidades dentro dessa área”, complementou.

Uma delas diz respeito à energia renovável, área em que o Paraná se destaca na produção. Maior gerador de energia hidrelétrica do Brasil, o Estado investe também em fontes alternativas, como a fotovoltaica e biogás, e busca ser um polo de hidrogênio verde no País. “Como principal produtor de energia limpa, queremos ser porta-voz desse segmento. Para isso, estamos incentivando o uso de fontes renováveis na agricultura, financiando com juros reduzidos projetos de autogeração de energia solar e por biogás, por meio do Banco do Agricultor”, salientou Ratinho Junior.

Skeete destacou que o Quebec tem muitas similaridades com o Paraná, principalmente na agricultura e nas diretrizes socioambientais. A província canadense está definindo novas estratégias para a área, com foco na redução das emissões de gás carbônico. “Queremos produzir 2 milhões de veículos elétricos para minimizar a emissão de carbono. Além da eletromobilidade, também queremos incluir os biocombustíveis nessa transformação. Vemos nessa transição uma oportunidade muito clara de parceria com o Brasil, que é um grande produtor de etanol”, explicou.

“O comprometimento com a redução das emissões de carbono tem que acontecer agora, para não deixar passar a oportunidade. Hoje, o desenvolvimento econômico tem que andar junto com a sustentabilidade, utilizando uma matriz energética limpa”, ressaltou Skeete. “Temos muita pressa em trabalhar com o Estado do Paraná, que pode apresentar uma oportuna cooperação neste momento de definição das estratégias de desenvolvimento sustentável”.

As políticas de conservação ambiental do Paraná, como o pagamento por serviços ambientais, ICMS ecológico e projetos de proteção à biodiversidade foram apresentadas ao Ministério das Relações Internacionais e da Francofonia de Quebec. A pasta já conta com um acordo de cooperação com o Paraná, por meio da Fundação Araucária, para o desenvolvimento de um polo de pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre madeira engenheirada no Estado, material utilizado em construções sustentáveis por contribuir com a captação de carbono da atmosfera.

O Paraná busca parcerias para ampliar os projetos de reciclagem de resíduos e o intercâmbio de softwares usados para a conservação da biodiversidade. “Um dos objetivos dessa reunião é trocar tecnologias com a província de Quebec voltadas à área ambiental. Temos um potencial de negócios muito grande entre nossos estados, que são muito parecidos por sua força industrial, turística e pela questão ambiental muito fortes”, ressaltou Ratinho Junior.

O emissário para Mudanças Climáticas destacou que o Paraná pode ser um importante parceiro internacional para o consumo sustentável, além de buscar apoio para uma política de redução do uso de plástico. “Podemos atuar juntos nessa área. Quebec representa governos na Convenção da Biodiversidade, com metas para proteger a 30% da biodiversidade mundial até 2030”, disse Lemire

“Essa integração entre os governos é muito importante porque possibilita um intercâmbio das políticas ambientais. No Paraná temos o maior modelo de Pagamento por Serviços Ambientais do Brasil, que em 30 anos já destinamos mais de R$ 7 bilhões para mais de 200 municípios, que recebem esse recurso para a conservação da natureza e da biodiversidade de mananciais”, explicou o diretor de Patrimônio Natural do Instituto Água e Terra (IAT), Rafael Andreguetto.

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