O setor mineral paranaense fez a festa em 2022! As indústrias extrativas e de transformação de minerais não metálicos movimentaram uma bolada de R$ 48,35 bilhões, nada menos que 27% a mais que em 2021. Esse montante equivale a impressionantes 9,41% do bolo total do Valor Adicionado Fiscal (VAF) do Estado.
A extração de minerais não metálicos está espalhada por 163 municipios paranaenses. As cidadeszinhas de Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Castro, Ponta Grossa e Quatro Barras foram as que mais contribuíram, respondendo por quase meio VAF desse segmento. Em 2022, as indústrias extrativas e de transformação mineral geraram 35.902 empregos e somaram 3.230 estabelecimentos.
Segundo o geólogo Marcos Vitor Fabro Dias, do IAT, “a indústria mineral paranaense é especialista em bens minerais não metálicos que viram produtos para a construção civil e agricultura dentro do próprio Estado.”
O portfólio mineral não metálico é bem variado, desde areia, brita, rochas ornamentais, até argila para cerâmica, materiais refratários, água mineral, talco, cascalho e muitos outros.
Na produção de produtos minerais não metálicos, nada menos que 300 cidades que participaram do VAF, com destaques para Rio Branco do Sul, Balsa Nova, Campo Largo, Adrianópolis e Colombo.
Dos R$ 1,94 bilhão do VAF das indústrias extrativistas, 70,83% vieram dos minerais não metálicos. O petróleo/gás de xisto de São Mateus do Sul e Pitanga entraram com 22,55%, enquanto os minerais metálicos como ouro e prata de Campo Largo representaram 3,63%. Até carvão mineral de Figueira (1,79%) fez parte da composição.
Mas o lance é que o VAF da transformação dos minerais não metálicos (R$ 4,11 bi) foi três vezes maior que a simples extração da matéria-prima (R$ 1,37 bi).
