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quarta-feira, outubro 16, 2024
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Já que não é queijo, qual o recheio da Lua?

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Sob a crosta terrestre, rochas derretidas se movem constantemente, impulsionando a movimentação das placas tectônicas na superfície. Há algum tempo, pesquisadores discutem se a Lua também possui uma camada de rocha derretida entre seu núcleo e seu exterior sólido. Novas evidências, baseadas na forma como a Lua responde à força gravitacional da Terra e do Sol, agora fortalecem a hipótese de que há, de fato, uma camada fundida oculta em seu interior.

Assim como a Terra experimenta marés influenciadas pela gravidade da Lua e do Sol — causando o aumento e queda periódica dos oceanos e a deformação da superfície terrestre —, a Lua também passa por efeitos de maré. No entanto, sem oceanos como os da Terra, esses efeitos são mais sutis na Lua, manifestando-se como mudanças na sua forma e campo gravitacional.

A resposta da Lua a essas forças gravitacionais depende em grande parte de sua estrutura interna. Assim, suas reações às marés da Terra e do Sol fornecem pistas sobre o que está escondido sob sua superfície.

Pesquisas anteriores sobre as mudanças de maré da Lua foram feitas ao longo de um mês. Entretanto, neste novo estudo, os pesquisadores coletaram dados ao longo de um ano inteiro. Essas informações sobre as variações na forma e gravidade da Lua foram capturadas pelas missões da NASA: Gravity Recovery and Interior Laboratory (GRAIL) e Lunar Reconnaissance Orbiter.

Ao combinar as distorções mensais e anuais no formato e campo gravitacional da Lua com outros dados lunares, como a densidade média, os cientistas conseguiram simular a natureza de seu interior. Eles descobriram que, ao incluir uma camada mais macia na base do manto lunar, as medições gravitacionais observadas se encaixavam melhor. Isso sugere fortemente a existência de uma camada viscosa de materiais no interior da Lua.

Pesquisadores especulam que, se essa camada fundida realmente existe, ela pode ser composta por um material rico em titânio, chamado ilmenita. Contudo, uma questão ainda persiste: qual seria a fonte de calor dessa camada? Mais estudos são necessários para determinar com precisão sua composição e os mecanismos que mantêm essa camada aquecida.

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