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Julho Amarelo: ICF na luta contra as hepatites virais

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Dia de Combate às Hepatites Virais terá testes gratuitos em Curitiba.

No mês de julho, a cor amarela ganha destaque na conscientização e combate às hepatites virais. O Julho Amarelo é uma campanha de alcance mundial que tem como objetivo principal alertar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado dessas doenças que afetam milhões de pessoas em todo o planeta. No Estado do Paraná, não é diferente.

Mais uma vez, para conscientizar a população nesta data, acontece uma ação especial organizada pelo SESC, com apoio da Secretaria de Saúde Municipal de Saúde de Curitiba e seu Centro de Orientação e Aconselhamento (COA), além do Instituto para Cuidado do Fígado (ICF). Este ano, em Curitiba (PR), a ação acontece no Sesc da Esquina, na sexta-feira, dia 28 de julho, das 09h às 15h.

O objetivo, além de conscientizar a população, é realizar testes rápidos de hepatites B e C, para detecção e encaminhamento ao tratamento. No dia, serão disponibilizados 300 testes rápidos para hepatite B e outros 300 para a C e 300 para HIV, com resultados em apenas 20 minutos. Estima-se que mais de 2 bilhões de pessoas são infectadas e cerca de 1 milhão morrem todos os anos por causa das hepatites. “As hepatites B e C podem causar além da cirrose, o câncer de fígado. Cerca de 800 mil pessoas morrem de câncer de fígado por ano no mundo e se estima que 50% destas mortes poderiam ser prevenidas. É importante ressaltar que este cenário pode ser mudado, pois a hepatite B pode ser prevenida com a vacina e a hepatite C tem cura”, explica a médica voluntária do ICF, Dra. Cassia Sbrissia Silveira.

Vale sempre lembrar que a Organização Mundial de Saúde adotou o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Combate às Hepatites. Para conscientizar a população, e há 12 anos, o ICF – Instituto para Cuidado do Fígado faz esse alerta junto à população.

As hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes tipos de vírus, sendo os mais comuns os tipos A, B e C. No Paraná, essas doenças têm impacto significativo na saúde da população. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, as hepatites B e C são uma questão de saúde pública no Brasil, onde aproximadamente 1,5 milhão de pessoas vivem com alguma das duas infecções. Atualmente, estima-se que mais de 450 mil pessoas estão com infecção ativa pelo vírus da hepatite C no Brasil, e cerca de 1,1 milhão de pessoas têm hepatite B e, possivelmente, desconhecem o diagnóstico.

Vale dizer ainda que além da ação, o SUS disponibiliza os testes rápidos para hepatites B e C, vacinas contra as hepatites A e B, exames de carga viral, exames confirmatórios e medicamentos seguros e eficazes, que permitem o controle da hepatite B e curam mais de 95% dos casos de hepatite C. A falta de informação sobre as formas de transmissão, comportamentos de risco e o acesso limitado aos serviços de saúde são fatores que contribuem para essa realidade.

Campanhas como Julho Amarelo assumem papel crucial na disseminação de informações e na conscientização sobre as hepatites virais. Durante todo o mês, diversas ações e campanhas são realizadas com o intuito de alertar a população sobre os riscos da doença, formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

Tanto a hepatite B como a C pode levar à cirrose, falência do fígado, câncer de fígado e até à morte. A grande preocupação é que os pacientes não apresentam sintomas e, quando diagnosticados, muitos já se encontram em situação avançada. “Quando diagnosticadas no tempo adequado, as doenças sempre são tratadas de maneira mais leve, sem grandes intervenções. O tratamento envolve medicamentos por via oral, de ótima tolerabilidade e alta resposta. Nos casos não diagnosticados de maneira precoce, o tratamento pode envolver cirurgia, procedimentos invasivos e até transplante de fígado”, explica o cirurgião Fábio Porto Silveira, um dos fundadores do ICF. Já a incidência da hepatite A vem decaindo em virtude das melhores condições sanitárias.

Algumas dicas para evitar a transmissão – Medidas simples podem fazer a diferença na redução do número de casos. Entre elas, destacam-se o uso de preservativos em relações sexuais, o não compartilhamento de objetos cortantes, como seringas e agulhas, e a vacinação contra hepatite A e B, além de não compartilhar itens pessoais que possam conter sangue, como lâminas de barbear, alicates ou escovas de dente. É fundamental conscientizar a população sobre a importância de buscar testes regulares para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Lembre-se: a prevenção é o melhor caminho. Juntos, podemos combater as hepatites virais e promover uma sociedade mais saudável.

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