Cientistas identificaram microplásticos em tecido cerebral do homem, conforme detalhado em um novo artigo. Essa descoberta se junta a uma série de estudos que revelam a presença de partículas plásticas minúsculas, menores que um grão de areia, em quase todas as partes do corpo humano.
O estudo recente encontrou microplásticos nos fígados, rins e cérebros de cadáveres humanos, sendo que o tecido cerebral apresentou até 20 vezes mais plástico do que os outros órgãos. Mais preocupante ainda, os cérebros de pessoas que sofreram de demência continham significativamente mais plástico do que os cérebros de pessoas saudáveis.
“É realmente alarmante,” afirmou o professor Matthew Campen. “Há muito mais plástico em nossos cérebros do que eu jamais imaginei ou me sentiria confortável em aceitar.”
Microplásticos têm sido encontrados em praticamente todos os lugares, desde o fundo do Mar Mediterrâneo até as nuvens acima do Monte Fuji, assim como nos alimentos que consumimos, na água que bebemos e no ar que respiramos. No corpo humano, microplásticos foram detectados em pulmões, placentas, testículos, medula óssea e outros órgãos, além de sangue, urina, sêmen e leite materno. Os cientistas continuam a investigar os possíveis impactos dos microplásticos, que já demonstraram ser capazes de danificar células humanas.
Preocupantemente, o novo estudo detectou mais plástico em amostras cerebrais coletadas em 2024 do que em amostras de 2016. As amostras de 2024 continham 0,5% de plástico por peso. “Você pode observar uma tendência — está aumentando com o tempo,” comentou Campen. “Isso está em linha com o que estamos vendo no ambiente.”
