Os caminhos na política internacional estão buscando novas formas de pensamento e isso pode ser uma indicação de que nas eleições municipais de 2024 no Brasil poderão ocorrer mudanças significativas, principalmente devido ao agravamento da crise econômica nos últimos 18 meses, no México, o resultado das urnas colocou Claudia Sheinbaum como a primeira mulher a liderar o país em mais de dois séculos de independência. Ela conquistou a presidência prometendo continuidade e aproveitando a popularidade do seu antecessor, de acordo com uma contagem rápida oficial. A ex-prefeita da Cidade do México, de 61 anos e uma trajetória política alinhada à esquerda, fez uma campanha disciplinada e saiu vitoriosa na votação de domingo.
Com a vitória assegurada, os mexicanos agora observam como Claudia Sheinbaum, que possui uma personalidade distinta do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, se comportará. Embora compartilhe muitas das ideias de López Obrador sobre o papel do governo no combate à desigualdade, a nova presidente é vista como menos combativa e mais orientada para dados.
A violência crescente no México será um dos maiores desafios que Sheinbaum enfrentará ao assumir o cargo em 1º de outubro. O país registrou um aumento de 150% na violência, com 37 candidatos assassinados durante o ciclo eleitoral.
Durante a campanha, Claudia Sheinbaum mencionou a intenção de expandir a Guarda Nacional, uma força quase militar criada por López Obrador, e continuar sua estratégia de combater as causas sociais que facilitam o recrutamento de jovens pelos cartéis. “Isso não significa mão de ferro, guerras ou autoritarismo”, afirmou Sheinbaum sobre sua abordagem contra as gangues criminosas. “Promoveremos uma estratégia para abordar as causas e avançaremos em direção à impunidade zero”.
Sheinbaum elogiou amplamente López Obrador e pouco se diferenciou dele em termos de discurso. Criticou as políticas econômicas neoliberais por perpetuarem a pobreza, prometeu um Estado de bem-estar social forte e destacou a importância da Pemex, a estatal petrolífera, ao mesmo tempo que prometeu priorizar a energia limpa.
Diferente de López Obrador, que frequentemente se envolvia em conflitos públicos com outros ramos do governo e com a mídia, muitos analistas acreditam que Sheinbaum adotará uma postura menos combativa e mais seletiva em suas disputas.
Sheinbaum também marcará história ao se tornar a primeira pessoa de origem judaica a liderar o país predominantemente católico.