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terça-feira, junho 25, 2024
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Número de casos de doenças sexualmente transmissíveis aumentam no mundo todo

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Um alerta preocupante é emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu novo relatório divulgado na terça-feira: o número de doenças sexualmente transmissíveis (ISTs) está aumentando globalmente, o que representa uma “grande preocupação” para as autoridades de saúde.

O documento revela que quatro ISTs curáveis – clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase – são responsáveis por mais de 1 milhão de novas doenças diariamente entre adultos de 15 a 49 anos. Particularmente alarmante é o rápido crescimento nos casos de sífilis.

Os novos casos de sífilis nessa faixa etária saltaram de 7,1 milhões em 2020 para 8 milhões em 2022, conforme apontado pelo relatório. Houve também aumentos na taxa de sífilis congênita, quando o bebê nasce infectado após a transmissão da mãe durante a gestação, subindo de 425 para 523 casos por 100 mil nascidos vivos por ano entre 2020 e 2022.

Outro fator preocupante é o crescimento de casos de gonorreia resistente a antibióticos. Até 2023, nove países reportaram níveis elevados de 5% a 40% de resistência à ceftriaxona, um dos últimos tratamentos disponíveis contra a doença.

Dados apontam que a falta de triagem e o acesso inadequado aos cuidados médicos contribuem para o aumento das ISTs. As interrupções causadas pela pandemia da covid-19 também atrasaram os exames de muitas pessoas.

“O aumento da incidência de sífilis gera grandes preocupações”, afirma o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Felizmente, houve avanços importantes em outras frentes, como aceleração do acesso a diagnósticos e tratamentos essenciais.”

“Temos as ferramentas necessárias para erradicar essas epidemias como ameaças de saúde pública até 2030, mas agora os países precisam garantir que façam tudo ao seu alcance para atingir as ambiciosas metas que estabeleceram”, complementa o comunicado.

Nem todas as tendências apresentam trajetória ascendente. Em 2022, o número de pessoas recém-infectadas pelo HIV globalmente caiu de 1,5 milhão para 1,3 milhão. Entretanto, a OMS ressalta que algumas populações – homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis, profissionais do sexo, pessoas transgênero e detentos – continuam desproporcionalmente afetadas pelo HIV.

O relatório da OMS aponta ganhos na ampliação dos serviços para ISTs, HIV e hepatites, com alguns países eliminando a transmissão vertical do HIV e/ou sífilis. Para reverter as taxas preocupantes, recomenda-se acelerar esforços de descriminalização e redução do estigma, além de fortalecer prevenção, diagnóstico e tratamento para aumentar a conscientização.

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