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domingo, março 16, 2025
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Os mitos mais comuns da saúde

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No mundo da saúde e bem-estar, mitos e desinformação podem se espalhar rapidamente, muitas vezes causando confusão ou até mesmo danos. Com o acesso fácil a informações online, nem sempre é fácil distinguir fatos de ficção. Abaixo, desvendamos 10 mitos comuns sobre saúde, esclarecendo o que é verdade e o que não passa de um equívoco. Vamos explorar desde mitos sobre vacinas até ideias equivocadas sobre hábitos cotidianos.

Mito 1: Vacinas causam autismo
Um dos mitos de saúde mais difundidos (e perigosos) é a afirmação de que vacinas são responsáveis pelo autismo. Estudos anteriores não encontraram nenhuma conexão entre os dois. A persistência desse mito pode ser atribuída à ampliação dos critérios de diagnóstico do autismo, maior conscientização (que resultou em mais casos registrados) e ao fato de os sintomas do autismo frequentemente surgirem na mesma época em que as vacinas infantis são administradas, criando uma falsa impressão de relação.

Mito 2: Todos os suplementos vitamínicos são úteis e inofensivos
Embora tomar suplementos seja recomendado em alguns, casos como ácido fólico para gestantes (que pode prevenir defeitos congênitos) ou vitamina D para quem tem deficiência , o excesso pode prejudicar os rins e o fígado. Além disso, a indústria de suplementos é pouco regulamentada, e produtos que prometem “aumentar a imunidade” ou “apoiar a saúde intestinal” nem sempre têm respaldo científico. Por isso, é importante consumi-los sob orientação médica, especialmente se você toma mais de um suplemento.

Mito 3: Uma taça de vinho tinto faz bem à saúde
A ideia de que uma taça de vinho tinto durante o jantar é benéfica para o coração parece (e é) boa demais para ser verdade. O resveratrol, uma substância encontrada nas uvas vermelhas e, consequentemente, no vinho tinto, tem propriedades antioxidantes e possíveis benefícios cardiovasculares. No entanto, as evidências de que o vinho tinto previne doenças cardíacas são fracas. Além disso, seria necessário consumir uma quantidade absurda de vinho para obter esses benefícios, e o álcool presente na bebida anula qualquer vantagem.

Mito 4: Beber moderadamente é saudável
Por anos, acreditou-se que o consumo moderado de álcool — definido como até uma dose por dia para mulheres e até duas para homens — era benéfico e até melhor do que a abstinência. No entanto, pesquisas recentes identificaram falhas graves nos estudos que apoiavam essa ideia. Hoje, o consenso é que o álcool não é um tônico para a saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que nenhuma quantidade de álcool é segura, e até uma pequena redução no consumo pode diminuir o risco de certos tipos de câncer e doenças crônicas.

Mito 5: Apenas mulheres têm câncer de mama
Embora os homens sejam muito menos propensos a desenvolver câncer de mama (representando menos de 1% dos diagnósticos), eles ainda podem ser afetados. Quando diagnosticado, o câncer de mama pode ser mais mortal em homens, com um estudo de 2019 mostrando que pacientes do sexo masculino tinham uma taxa de mortalidade 19% maior do que as mulheres. Homens devem procurar um médico imediatamente se notarem sintomas como mudanças na pele ou nos mamilos, ou nódulos na região do peito.

Mito 6: Você só precisa de protetor solar quando está ensolarado
Muitos pensam que o protetor solar é necessário apenas no verão, quando o sol está mais forte. No entanto, proteger a pele deve ser um compromisso durante o ano todo. Especialistas alertam que os danos causados pelos raios ultravioleta (UV) não vêm apenas de dias intensos na praia, mas sim da exposição acumulada ao longo do tempo. Mesmo em dias nublados, a maioria dos raios UV ainda penetra na pele, especialmente se a cobertura de nuvens for fina.

Mito 7: Ter obesidade significa que você não é saudável
É importante evitar julgamentos precipitados sobre a saúde de alguém com base no peso. Embora uma quantidade maior de gordura corporal — especialmente na região abdominal — possa aumentar o risco de doenças crônicas e certos tipos de câncer, isso não significa necessariamente que a pessoa já tenha problemas de saúde. Até mesmo o Índice de Massa Corporal (IMC), principal ferramenta usada para medir a obesidade, é considerado por muitos especialistas uma forma inadequada de avaliar a saúde de forma isolada.

Mito 8: O álcool em gel protege contra todos os germes
Muitos de nós nos tornamos dependentes de álcool em gel durante a pandemia de Covid-19, mas esses produtos oferecem proteção limitada. Embora os géis à base de álcool possam eliminar alguns patógenos, eles não são eficazes contra “vírus não envelopados”, como o norovírus, que possuem uma camada externa resistente à base de proteínas. Para se proteger de qualquer vírus, lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos continua sendo a melhor defesa.

Mito 9: Estalar os dedos causa artrite
O hábito de estalar os dedos, conhecido como crepitação, pode ser satisfatório para alguns e irritante para outros. Até 54% das pessoas afirmam fazer isso. No entanto, especialistas garantem que não há evidências de que estalar os dedos cause artrite. Porém, se o estalo vier acompanhado de dor ou desconforto, é recomendável consultar um médico para verificar possíveis lesões ou danos nas articulações.

Mito 10: Você precisa caminhar 10.000 passos por dia para ser saudável
Por décadas, acreditou-se que caminhar 10.000 passos (cerca de 5 milhas) por dia era essencial para uma saúde ideal. Se isso parece uma tarefa impossível, aqui vai uma boa notícia: você já obtém benefícios com muito menos passos. Uma revisão recente mostrou que caminhar apenas 3.143 passos já protege contra morte prematura, e até mesmo 2.200 passos (cerca de 1 milha) estão associados a uma menor mortalidade e redução do risco de doenças cardiovasculares. Como bônus, opte por caminhar na natureza, o que pode inspirar admiração e promover uma sensação de completude.

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