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Paraná tem três casos suspeitos de hepatite de causa desconhecida

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O Ministério da Saúde está monitorando 28 casos suspeitos de um tipo de hepatite aguda infantil de origem até agora desconhecida sendo que três aconteceram em território paranaense e foram levantadas hipóteses de que seria uma consequência da vacina contra a Covid-19, o que a OMS nega.

As crianças tinham doença hepática significativa, incluindo algumas com insuficiência hepática, sem causa conhecida.

Em outubro de 2021, cinco pacientes pediátricos com hepatite (inflamação do fígado) de causa desconhecida foram identificados em crianças em um hospital no Alabama, nos Estados Unidos.

As crianças tinham doença hepática significativa, incluindo algumas com insuficiência hepática, sem causa conhecida.

Os cinco pacientes testaram negativo para os vírus da hepatite A, hepatite B e hepatite C e testaram positivo para adenovírus, um vírus comum que normalmente causa resfriado ou gripe, ou problemas estomacais ou intestinais.

Uma revisão adicional dos registros hospitalares posteriormente identificou quatro pacientes adicionais, todos com hepatite e infecção por adenovírus.

O adenovírus foi detectado em alguns desses pacientes em todo o Reino Unido e na Europa, mas não em todos eles. Os investigadores estão considerando outras possíveis causas e identificando outros fatores contribuintes.

Além dos três casos no Paraná, foram detectados dois no estado do Espírito Santo, quatro em Minas Gerais, dois em Pernambuco, sete no Rio de Janeiro, dois em Santa Catarina e oito em São Paulo.

Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19. “As hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas não têm sustentação pois a grande maioria das crianças afetadas não recebeu a vacinação contra a covid-19”.

Em nota divulgada no início de abril, a Agência Nacional de Saúde do Reino Unido, país com o maior número de casos relatados, disse também que não há evidências de qualquer ligação da doença com a vacina contra o coronavírus. “A maioria das crianças afetadas tem menos de cinco anos, jovens demais para receber a vacina”.

“Os casos seguem em investigação. Os centros de informações estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e a Rede Nacional de Vigilância Hospitalar (Renaveh) monitoram qualquer alteração do perfil epidemiológico, bem como casos suspeitos da doença”, disse a pasta em comunicado.

O ministério orientou os profissionais de saúde a notificar imediatamente à autoridade sanitária os casos suspeitos da doença. 

A hepatite de origem desconhecida está acometendo crianças em, ao menos, 20 países. A doença se manifesta de forma muito severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos foi necessário realizar o transplante de fígado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 casos, até o último dia 29, haviam sido reportados no mundo, a maioria (163) no Reino Unido. Houve relatos também na Espanha, Israel, Estados Unidos, Dinamarca, Irlanda, Holanda, Itália, Noruega, França, Romênia, Bélgica e Argentina. A doença atinge principalmente crianças de um mês a 16 anos. Até o momento, foi relatada a morte de uma criança.

Em comunicado divulgado em 23 de abril, a OMS disse que não há relação entre a doença e as vacinas utilizadas contra a covid-19. “As hipóteses relacionadas aos efeitos colaterais das vacinas covid-19 não têm sustentação pois a grande maioria das crianças afetadas não recebeu a vacinação contra a covid-19”.

Em nota divulgada no início de abril, a Agência Nacional de Saúde do Reino Unido, país com o maior número de casos relatados, disse também que não há evidências de qualquer ligação da doença com a vacina contra o coronavírus. “A maioria das crianças afetadas tem menos de cinco anos, jovens demais para receber a vacina”.

Sintomas

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da OMS nas Américas e Caribe, os pacientes da hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre. 

O tratamento atual busca aliviar os sintomas e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento deverão ser aprimoradas, assim que a origem da infecção for determinada. 

Os pais devem ficar atentos aos sintomas, como diarreia ou vômito, e aos sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. 

Um detalhamento dos sintomas da doença pode ser encontrado no site da Opas.

O que nós sabemos
Testes laboratoriais identificaram que algumas das crianças tinham adenovírus tipo 41, que é mais provável de causar doenças estomacais graves em crianças.

Embora tenha havido relatos anteriores de hepatite em crianças com sistema imunológico suprimido que foram infectadas com adenovírus, o adenovírus tipo 41 não é uma causa comum de hepatite em crianças saudáveis.

Outras causas comuns de hepatites virais, como infecção pelos vírus das hepatites A, B, C, D e E foram consideradas, mas não foram encontradas evidências para essas infecções em nenhum dos pacientes. Algumas outras causas foram descartadas para as crianças no Alabama, incluindo:

O vírus que causa a COVID-19
Bactérias
Infecção do trato urinário
Hepatite autoimune
ícone externo da doença de Wilson


O que não sabemos
Causa

Neste momento, a causa das doenças relatadas nessas crianças ainda é desconhecida. Embora o adenovírus tenha sido detectado em algumas crianças, não sabemos se é a causa da doença.

Não sabemos e estamos investigando qual o papel de outros fatores nesta doença, como a exposição a toxinas ou outras infecções que as crianças possam ter.

Prevalência (Número de Casos)

Ainda não está claro se houve aumento no número de casos de hepatite em crianças, ou melhorias na detecção de casos.

Não é incomum que a causa de alguns casos de hepatite em crianças permaneça desconhecida.

Teste

O CDC, agência americana de saúde, está pedindo aos profissionais de saúde que considerem o teste de adenovírus em pacientes pediátricos com hepatite de origem desconhecida e que relatem quaisquer possíveis casos de hepatite às autoridades de saúde pública locais ou estaduais.

(Com Agência Brasil)

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