A pandemia de coronavírus marcou a maioria dos brasileiros nos últimos dois anos e meio, mas a maioria não sabe é que nesses 30 meses rolaram várias variantes e cada qual possuia um sintoma diferente.
Hoje, nós sabemos que a variante Ômicron é menos grave do que a Delta e isso foi confirmado por um estudo realizado no Reino Unido.
Os infectados pela Ômicron relatam dor de garganta e voz rouca, que não era prevalentes na variante Delta, tanto para vacinados como não vacinados.
O portal da CBSNews informa que as pessoas que contraíram a variante Ômicron eram menos propensas a serem hospitalizadas em comparação com aquelas com a variante Delta, disse Zoe Health em um comunicado à imprensa sobre o estudo. Os sintomas também duraram por períodos mais curtos – uma média de 6,87 dias, em comparação com 8,89 dias.
As variantes anteriores do Covid-19 geralmente faziam com que as pessoas perdessem o olfato. O estudo descobriu que o sintoma apareceu em menos de 20% dos casos e muitas vezes dias após o início dos primeiros sintomas. Outros sintomas graves que costumavam ser prevalentes – como febre, dores de cabeça, confusão mental e dor nos olhos – são menos prevalentes nos casos de Omicron. No entanto, eles ainda podem ocorrer.
O Zoe Health Study, que foi apoiado por doações do Departamento de Saúde e Assistência Social do Governo do Reino Unido, testou pessoas no Reino Unido que foram vacinadas. Eles testaram os participantes entre 1º de junho e 27 de novembro de 2021 – quando a variante Delta era dominante – e entre 20 de dezembro de 2021 a 17 de janeiro de 2022 – quando a variante Ômicron dominava.
O estudo coletou 62.002 testes positivos e analisou os sintomas desses pacientes. Além de uma diferença na duração e nos tipos de sintomas entre as duas variantes, os pesquisadores disseram que o Ômicron é encontrado com muito menos frequência no trato respiratório inferior. É aqui que a infecção pode causar sintomas mais graves, potencialmente enviando pessoas para o hospital.
Eles também descobriram que os sintomas do Ômicron não duram tanto tempo em pessoas vacinadas.
Delta é melhor em infectar células pulmonares do que a Ômicron, segundo o estudo. E embora a Ômicron pareça ser muito mais transmissível do que as variantes anteriores, essa variante afeta menos órgãos do que o Delta, descobriram outros estudos, de acordo com Zoe Health.
A subvariante Ômicron que prevaleceu no final de 2021 e início de 2022 foi rotulada como BA.1. Existem agora subvariantes de Ômicron, rotuladas como BA.4 e BA.5 que parecem estar causando novamente a perda do olfato ou paladar, disse a Dra. Celine Gounder à CBS News.
Um estudo semelhante do Imperial College London também descobriu que havia menos relatos de perda de olfato e paladar para a variante Ômicron. No entanto, o estudo que ainda está para ser revisado por pares, descobriu que houve maior relato de sintomas semelhantes ao resfriado e à gripe.
O estudo usou dados do REACT-1, uma pesquisa generalizada no Reino Unido que coletou testes caseiros de COVID-19 de cerca de 1,5 milhão de participantes entre 2020 e 2022 e analisou como os sintomas diferem entre variantes e subvariantes.
Embora seja percebido que variantes mais recentes como Ômicron são mais leves, a subvariante Ômicron BA.2 foi associada a relatar mais sintomas, com maior interrupção das atividades diárias, do que a subvariante Ômicron BA.1.
