Seu filho passa muito tempo no celular ou tablet? Os cuidados, limites e riscos para os jovens que ficam fixados nas telas dos dispositivos eletrônicos serão discutidos na audiência pública “Tecnologia e Redes Sociais: danos e soluções frente ao uso excessivo entre as crianças e adolescentes”, marcada para a próxima quinta-feira (22) na Assembleia Legislativa do Paraná. O debate, organizado pela deputada Márcia Huçulak (PSD), líder do Bloco da Saúde Pública, começará às 9 horas no Auditório Legislativo, reunindo especialistas e gestores do setor da educação.
A deputada ressalta que o objetivo é avaliar a importância do controle sobre o chamado tempo de telas, que é o período em que se usa a internet e, principalmente, as redes sociais. “A intenção é conscientizar a sociedade sobre o problema e incentivar a cooperação entre famílias e escolas para criar um ambiente digital seguro e saudável, com uso equilibrado e positivo da tecnologia”, afirma Márcia Huçulak. O uso excessivo e sem supervisão adequada é uma realidade crescente que afeta negativamente o desenvolvimento infantil, causando problemas de saúde física, emocional, social e mental. Pesquisadores apontam como consequências desse comportamento o aumento da obesidade, dificuldades de socialização e problemas de concentração, entre outros. A audiência tem como finalidade reunir subsídios para a possível melhoria ou criação de leis, além de incentivar outras ações por parte do poder público.
Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que o tempo de tela para crianças de até cinco anos seja limitado a 60 minutos por dia, enquanto para bebês com menos de 1 ano o uso deve ser completamente evitado. Essas diretrizes fazem parte dos esforços da OMS para combater o sedentarismo e a obesidade infantil. Além disso, um estudo da OMS aponta que cerca de 285 milhões de pessoas têm a visão prejudicada, e entre 60% e 80% desses casos poderiam ser evitados ou tratados. A exposição excessiva a telas eletrônicas é um fator que agrava essa situação.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também se posicionou sobre o tema, alertando que o uso intensivo de telas impacta diretamente as interações entre pais e filhos, assim como as relações sociais reais, afetando o processo de aprendizagem de bebês e crianças pequenas. Os danos se estendem a crianças de todas as idades e adolescentes. A entidade recomenda substituir o tempo online por atividades físicas, interações pessoais presenciais e jogos apropriados para cada faixa etária. No manual “#Menos Telas #Mais Saúde”, disponível na internet, a SBP apresenta uma série de orientações e enfatiza: “Para todas as idades, nada de telas durante as refeições e desconectar 1-2 horas antes de dormir”.
Serviço:
Audiência pública “Tecnologia e Redes Sociais: danos e soluções frente ao uso excessivo entre as crianças e adolescentes”
Dia: 22 de agosto (quinta-feira)
Horário: 9 horas
Local: Assembleia Legislativa do Paraná – Auditório Legislativo Delegado Rubens Recalcatti – Praça Nossa Senhora de Salete, s/n – Centro Cívico – Curitiba (PR)
