O Universo que conhecemos hoje pode ter uma nova visão a partir das imagens transmitidas pelo Telescópio Espacial James Webb que deverão ser divulgadas em julho, quando teremos uma visão mais clara daquelas produzidas pelo telescópio Hubble.
As imagens do James Webb serão divulgados no dia 12 de julho em um evento da Nasa e os parceioras da Agência Espacial Européia e a Agência Espaçial Canadense.
O custo do telescópio foi de US$ 10 bilhões e pode revolucionar nossa compreensão do cosmo.
A NBC News conta que Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da NASA, disse que ver as primeiras imagens do telescópio Webb será um marco emocional para a humanidade – um momento que ele descreveu como testemunhar a natureza “desmentindo segredos que estiveram lá por muitas, muitas décadas, séculos, milênios.”
“Não é uma imagem. É uma nova visão de mundo”, disse Zurbuchen na quarta-feira em uma coletiva de imprensa.
O lançamento será transmitido ao vivo pela NASA às 10h30 EDT. Além da visão infravermelha mais profunda já capturada do universo, funcionários da NASA disseram que vão liberar o primeiro espectro do telescópio Webb de um exoplaneta, mostrando a luz emitida em diferentes comprimentos de onda de um planeta em outro sistema estelar. Essas imagens podem oferecer novos insights sobre as atmosferas e a composição química de outros exoplanetas no cosmos.
Outras imagens incluídas no lançamento inaugural serão fotos mostrando como as galáxias interagem e crescem, e outras que descrevem o ciclo de vida das estrelas, desde o surgimento de novas até mortes estelares violentas.
O telescópio Webb continuará a transmitir dados no período que antecedeu o evento de 12 de julho, mas a vice-administradora da NASA, Pam Melroy, descreveu estar impressionada com o que viu até agora.
O telescópio Webb foi lançado ao espaço em 25 de dezembro de 2021. O observatório do tamanho de uma quadra de tênis é capaz de dar profundidade as imagens do cosmos e com mais detalhes do que qualquer telescópio que tenha vindo antes dele.
A NASA passou os últimos seis meses configurando o observatório em órbita e testando seus vários instrumentos científicos. Funcionários da agência disseram que o telescópio está funcionando melhor do que o esperado e tem combustível suficiente para operar por 20 anos.