Todos os municípios paranaenses que integram o Índice Regional de Preços do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas) tiveram alta de 0,93% em abril. No entanto, houve queda de quase três pontos percentuais na comparação com abril de 2022, quando o IPR foi de 3,77%.
Os reajustes do tomate (24,41%), da batata (18,68%) e do leite integral (3,67%), entre os 35 produtos incluídos no índice mensal do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Ipardes), foram os destaques do mês de abril.
Os dois primeiros movimentos positivos estão relacionados com o andamento das colheitas, conforme percebido pelo facilitador de exploração e distribuição de periódicos no Ipardes, Marcelo Antônio. ” Ele afirmou que enquanto as fases de colheita e comercialização da primeira safra estão quase concluídas, os procedimentos da segunda safra ainda são incipientes, resultando em restrição no fornecimento desses produtos ao consumidor e aumento de preços.
Por outro lado, fatores agrícolas também contribuíram para a queda dos preços da maçã (-5,11 %), da pera (5,55%) e, principalmente, do óleo de soja (6,77%). A queda no custo do óleo de soja está ligada ao avanço da colheita da soja, que tem mostrado grande eficiência”, disse Marcelo Antônio.
No mês, Maringá teve o maior índice de todas as regiões pesquisadas, com 1,57%, seguida por Cascavel (1,53%) e Londrina (1,49%).
Com relação ao ano mais recente, era concebível notar uma predominância de queda persistente. Assim, o IPR arrecadado entre maio de 2022 e abril de 2023 foi de 4,63%, contrastando com o agregado do ano apurado na primavera de 7,57%, e muito distante do maior número das medidas mais recentes, de 21,40%, em julho de 2022, para instância.
Nesse mesmo período, os principais itens que apresentaram incrementos foram, segundo o facilitador do Ipardes, variedades de alimentos industrializados como pãezinhos e maionese, refletindo o efeito dos custos de fontes de dados como trigo e ovos. No ano passado, os biscoitos tiveram um aumento de 35,87 por cento, seguidos pelos ovos de galinha (23,17 %) e maionese (19,24 %). No entanto, o óleo de soja teve a maior queda (-28,56%), seguido pela batata (-23,01%) e tomate (-20,93%).
Maringá apresentou o maior índice acumulado entre as áreas ocupadas na escala regional, com 5,82%, seguida por Londrina (5,77%) e Cascavel (4,60%).
O IPR, que entrou em vigor em 15 de dezembro de 2022, utiliza registros fiscais da Receita Federal do Paraná. O Ipardes registra 366 estabelecimentos comerciais de diversos portes em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu com média mensal de 382 mil notas fiscais eletrônicas.
Com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná, os 35 produtos avaliados respondem por cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. A organização também tratou de uma série verificável de custos a partir de 2020, o que permite dissecar a evolução do custo de alimentação e bebidas nos últimos dois anos no Estado.
As maiores cidades paranaenses conseguem entender com precisão o comportamento dos preços dos alimentos, que tem um impacto significativo na vida dos cidadãos, graças à análise criteriosa dos índices do Ipardes. Os dados são cruciais, por exemplo, na hora de desenvolver políticas públicas estaduais e regionais mais específicas para a situação inflacionária de cada cidade.
Confira a seguir variação percentual acumulada em 12 meses
IPR-Alimentos e Bebidas – Paraná
MÊS (%)
Maio/2022 – 20,34%
Junho/2022 – 21,14%
Julho/2022 – 21,40%
Agosto/2022 – 18,73%
Setembro/2022 – 14,60%
Outubro/2022 – 14,01%
Novembro/2022 – 15,10%
Dezembro/2022 -15,08%
Janeiro/2023 – 13,95%
Fevereiro/2023 – 13,01%
Março/2023 – 7,57%
Abril/2023 – 4,63%