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Pesquisa do DataSenado mostra que 62% dos eleitores têm vergonha do Brasil

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O Portal Jota informa que uma pesquisa publicada pelo DataSenado apontou que 62% dos eleitores  têm vergonha do Brasil e 38% gostariam de morar em outro país. O estudo “Panorama Político 2022: opiniões sobre a sociedade e democracia” também destacou que a vergonha do país entre os mais jovens é maior, chegando a 70% dos votantes.

A pesquisa demonstrou uma queda no interesse geral por política entre os eleitores. Um estudo de 10 anos atrás apontava que 63% dos brasileiros tinham interesse por política, percentual que caiu para 53%. Dessa fração, 18% tem alto interesse e 35% interesse médio.

Os entrevistados afirmam que o motivo do desinteresse é o baixo nível de conhecimento sobre o sistema político e as deficiências no ensino, que não transmite informações sobre o tema de forma clara. Eles sustentam ter a percepção de que os atores políticos tentam manter a população alienada dessas questões.

A pesquisa também apontou que 67% dos brasileiros acreditam que a democracia é a melhor forma de governo, porém 87% estão pouco ou nada satisfeitos com o atual regime político. A desigualdade social foi apontada como empecilho à democracia plena.

Questionados sobre a confiabilidade da urna eletrônica, 66% dos eleitores disseram confiar nos resultados e 32% desconfiam.

O estudo indicou que 72% dos eleitores já viram, ouviram ou leram notícias políticas que desconfiam ser falsas. É mais comum que as notícias falsas cheguem aos brasileiros que acessam as redes sociais: 74% afirmam receber esse conteúdo contra 64% dos que não utilizam a internet para se informar.

Ao todo, 73% dos entrevistados afirmaram que a principal fonte de disseminação de desinformação são amigos e familiares. Eles alegam estar insatisfeitos com a grande quantidade de notícias falsas propagadas em meios digitais e julgam essencial um ordenamento jurídico que coíba a desinformação.

Temas sociais

Com relação aos temas sociais, 60% dos eleitores discordam que as pessoas que procuram ajuda financeira do governo não querem trabalhar. 76% dos ouvidos pensam que a população LGBTQIA+ sofre muita discriminação no país.

A maioria dos entrevistados (69%) não concorda com a ideia de que a posse de armas traria maior segurança ao país. Entretanto, metade dos eleitores defendem a pena de morte. Com relação ao aborto, 58% dos brasileiros foram contra a legalização.

No âmbito religioso, 52% julgam correto que os políticos levem em conta tradições religiosas na hora de fazer leis. Porém, o mesmo percentual considera ruim que líderes religiosos assumam cargos políticos. Para 58%, a religião não influencia na hora de votar diferente da família, que tem relevância para 54% dos eleitores.

A pesquisa entrevistou 5.850 cidadãos maiores de 16 anos. Dos eleitores, 58% são das Regiões Sudeste e Sul, 26% do Nordeste, 8% do Norte e 8% do Centro-Oeste. O público é formado por 45% de pardos, 44% de brancos e 10% de negros.

O maior grupo (47%) tem até o ensino fundamental completo e 37% vivem em municípios com mais de 50 mil e até 500 mil habitantes. Os ocupados são 60%, enquanto 30% se disseram fora da força de trabalho; e 45% têm renda familiar de até dois salários mínimos.

A maioria dos eleitores (55%) diz não ter posicionamento político. Do restante, 21% dizem ser de direita, 11% de esquerda, 9% de centro e 4% não sabem ou não responderam.

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