O Porto de Paranaguá recebeu o meganavio MSC Elisa XIII, da empresa de navegação Mediterranean Shipping Company (MSC), para uma escala única no Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Com um comprimento 12 vezes maior que o do Cristo Redentor, atingindo 366 metros, o navio possui uma largura de 48,20 metros, uma capacidade de 139,7 mil toneladas e pode transportar até 14.432 TEUs (unidade equivalente a vinte pés de contêiner). Originário dos Estados Unidos, o navio atracou em Paranaguá antes de seguir para Singapura.
Esta visita do MSC Elisa XIII ocorre logo após outro navio de porte similar, o MSC Natasha XIII, ter atracado no mesmo local cinco dias antes. Em 29 de janeiro, o MSC Natasha XIII, navio irmão do Elisa, com as mesmas dimensões de comprimento, largura e capacidade, também esteve presente. Essa embarcação desta semana é a segunda de grande porte a ser recebida no Estado e é a maior já registrada no Paraná. Anteriormente, o recorde era do APL Yangshan, da companhia francesa CMA CGM, em novembro de 2022, com 347 metros.
Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, destacou a importância da ampliação do calado, resultado de obras e serviços de dragagem realizados pela empresa pública, para atrair navios de grande porte. Ele afirmou: “São as obras de derrocagem e os serviços de dragagem, realizados pela Portos do Paraná, que nos permitem receber navios cada vez maiores, ampliando nossa capacidade de movimentação e permitindo nosso avanço pelo mundo todo”.
Atualmente, o calado para porta-contêineres em Paranaguá é de 12,3 metros nos canais principal e alternativo. Além disso, o Porto de Paranaguá possui um amplo pátio reefer, destinado aos contêineres com controle de temperatura, necessário para energizar os contêineres com carne de frango congelada, representando mais de 80% do que será exportado pelo meganavio.
A expectativa é que até o final de fevereiro, o TCP aumente de 3.624 para 5.268 tomadas, o que representa uma expansão de 45% da área. Este investimento visa manter o Porto de Paranaguá como o principal corredor de movimentação de proteína deste tipo no mundo.