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sexta-feira, outubro 4, 2024
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Paranaguá aumentará importação de fertilizantes nos próximos três meses

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A descarga de adubo nos portos do Paraná aumentou nos últimos dois meses. Aumentou 10,32% de março a abril, passando de 755.763 toneladas para 833.795 toneladas, e 4,36% de abril a maio, chegando a 870.186 toneladas. O volume atingiu 3.924.395 toneladas nos primeiros cinco meses do ano, provenientes principalmente da Rússia (20,4%), China (19,7%), Canadá (18,6%) e Estados Unidos (8,8%).

Com este desenvolvimento, a expectativa para o próximo trimestre é positiva. Dados do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos) prevê que o volume desembarcado até o final do ano ultrapassa 9 milhões de toneladas em Paranaguá.

“Os portos do Paraná seguem sendo a principal porta de entrada de fertilizantes no Brasil. Respondemos por 27% de todo adubo que chega no País”, diz diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. “Estamos prontos para atender toda demanda do mercado deste produto. Atualmente o porto trabalha para otimizar a programação dos navios, o fluxo e balanças e o sistema que atende o segmento”.

Décio Gomes, gerente executivo do Sindiadubos, afirma que a importação de fertilizantes terá pico nos próximos meses. De julho a setembro do ano passado, o Porto de Paranaguá movimentou aproximadamente 2,3 milhões de toneladas de fertilizantes. Com quase 4 milhões de toneladas já movimentadas, o setor prevê volumes ainda maiores de importação para o terceiro trimestre.

“Nos primeiros cinco meses deste ano o volume de importações brasileiras de fertilizantes foi 17% menor que no mesmo período do ano passado. Ou seja, ainda há uma margem grande. Isso indica tendência de alta nos próximos meses para atender a demanda dos produtores”, disse Gomes. “A relação de troca ainda está boa para os produtores, embora já se observe uma tendência de alta nos preços do adubo, em nível mundial, nos mercados tradicionais dos produtos”.

Essa diminuição se deve a vulnerabilidades mundiais. Após a pandemia (2020/2021/2022) houve limitações cambiais na Bielorrússia (2022), um dos maiores fabricantes mundiais, como resultado do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e o apoio à intrusão russa. ” Há uma insegurança em relação à produção da Rússia, da Bielorrússia e até da Ucrânia, que também produz. Também não há certeza sobre as compras que a Índia e a China vão fazer neste ano para as safras de 2024, ou seja, ainda há um cenário aberto”, acrescenta.

O empresário acha que o Porto de Paranaguá lidou bem com as mudanças. Ele aponta o atendimento eficiente, as linhas de comunicação abertas e um dos maiores parques industriais e de armazenamento do país como alguns dos motivos pelos quais os portos paranaenses continuam sendo a principal porta de entrada de fertilizantes. Mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes são armazenadas nos portos do Paraná como capacidade estática de armazenamento.

Os fertilizantes podem ser descarregados no Porto de Paranaguá em um dos três berços preferenciais do cais público (comercial) ou qualquer um dos berços livres. Adicionalmente, o cais privativo (Fospar) possui dois berços que atendem ao setor, e Antonina possui dois berços adicionais.

Até então em 2023, os portos do Paraná tiveram movimentação acima da média. A movimentação portuária no Paraná em maio foi o melhor mês da história dele. Com 6.125.887 toneladas de carga, os administradores dos portos de Paranaguá e Antonina chegaram a um volume recorde agregando itens de importação e, em sua maioria, trades. A melhor marca mensal anterior, registrada em maio de 2021, foi de 6.081.354 toneladas.

Nos cinco meses do ano, os portos paranaenses movimentam atualmente 25.220.449 toneladas, volume 5% superior às 23.961.677 toneladas arroladas de janeiro a maio de 2022. O corte ampliado também destaca as exportações: 16.146.244 toneladas em 2023, 14% a mais que as 14.215.619 toneladas produzidas no mesmo período de 2022.

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